Amor de 4 patas: tatuagens de animais por Beatriz Rezende

Leia 10 histórias inspiradoras por trás das tatuagens de animais

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A artista Beatriz Rezende é do Rio de Janeiro e atualmente tatua em São Paulo. Nesse texto iremos compartilhar histórias marcantes dos animais que ela já tatuou.

Antes de mais nada, vamos falar um pouco sobre a artista. Ela é especialista em tatuagens realistas de animais, onde retrata na pele das pessoas o amor por seus cachorros e gatos. 

Quem tem um companheiro de quatro patas sabe bem como a relação com esses animais é transformadora!

A artista nos contou como foi sua transição de fazer artes em realismo para se dedicar apenas a tatuagens de animais. Ela conta que quando trabalhou no estúdio Kiko Tattoo, no Rio de Janeiro, sempre foi incentivada a estudar e pegar trabalhos fora do seu estilo padrão, e sempre foi incentivada a estudar todos os estilos de tatuagem:

“Basicamente todos os meus estudos foram com fotos de animais! Claro que fiz outros também. Mas sempre gostei muito do mundo animal. O ponto importante aqui é que eu acabei montando um portfólio bem bacana com esses estudos gratuitos até uma cliente vir me pedir a foto do cachorro dela em Realismo.
Quando se trata de fotografia, onde estamos representando a foto de alguém conhecido, a margem de erro é mínima. Conto como “margem de erro” pois somos seres humanos e podemos errar pra mais ou pra menos. O caminho da evolução na tattoo é errar o mínimo possível ou nunca errar, exatamente pelo fato de não ter como apagar.
Trabalhar com fotografias me permitiu fugir um pouco dos plágios também, porque, até tem, mas são poucos os interessados em copiar a foto de um ente querido de alguém. Ou um pet que já existe, que já tem dono.”

Conheça agora a história de 10 animais tatuados pela artista Beatriz Rezende: 

1 – Brisa

A Thamires, cliente da Beatriz, contou sobre sua relação com a Brisa:

“Fui abençoada com um serzinho de 4 patas em um dia totalmente normal e ao mesmo tempo atípico. Em pleno horário de almoço eu estava saindo do escritório com mais duas amigas e nos deparamos com uma cachorrinha minúscula, tropeçando em cada passo andado, acompanhada por uma família que nos abordou alegando que iriam abandoná-la na rua. No momento, ficamos indignadas com a família e ao mesmo tempo tentando resolver a situação. Não passou pela minha cabeça adotar porque eu morava no apartamento da minha mãe de 40 m² com ela e minha irmã. Então, logo comecei a tentar convencer uma das amigas que morava em uma casa. Enfim, consegui convencê-la e fomos até o petshop comprar as coisinhas para mimar a pet. Para entrar no carro a peguei no colo e aí foi quando tudo aconteceu. Ela me adotou naquele momento! Liguei para a minha mãe já me desculpando porque independente do que ela falasse a cachorrinha já era minha filha e eu estava a levando pra casa para ela conhecer a neta dela. (Risos). Não sei como, mas na minha mente só vinha a frase: “EU TE AMO E PRECISO DE VOCÊ”.
Foi uma conexão sem explicação.

Que linda história, não é mesmo? E a Beatriz Rezende ainda dividiu com a gente a sua experiência em tatuar a Brisa na Thamires.

“É curioso como a gente cria um afeto especial por alguns clientes e algumas histórias. Desde o momento que a Thamires entrou no estúdio foram só risadas!
Fico feliz por ter feito parte da história delas duas, e espero que toda vez que a Thamires olhar essa tatuagem que ela sinta uma lembrança confortável, que acalente o coração”

2 – Jorge, o cãozinho:

Renne, o tatuado, conta sua história com o Jorge:

“Certo dia, há cerca de 5 anos, chego no trabalho e vejo no chão, ao lado da minha mesa, uma cesta plástica, dessas de hortifruti com um travesseirinho dentro e sobre ele um filhotinho de Fox Paulistinha. Meus olhos, imediatamente, brilharam porque além de ser a coisa mais linda do mundo, ele tinha especialmente na cabeça um pelo cinza e brilhante como veludo! Fui perguntar ao meu pai quem era ele e a conversa foi mais ou menos assim:

-Pai, que cachorrinho é aquele???

-Aquele é o Jorge!

-Jorge?! Mais um?! Mas então ele é o… Jorge 4º ! É isso mesmo!?

-Sim, Jorge 4º!

Pois é, e hoje já estamos com Jorge 5º ! E todos são vivos! E foi assim que começou a história do cachorrinho que hoje, além de viver no meu dia a dia e no meu coração, foi gravado para sempre na minha pele pela Bia. Ainda era tão filhote e logo de cara me identifiquei tanto com ele, que chegava no trabalho, pegava-o no colo e ali ele passava O DIA INTEIRO, tamanho era meu cuidado! Com o passar dos dias, semanas e meses, desenvolvemos uma amizade e uma conexão que eu sinceramente nunca imaginei ser possível! E por isso decidi que ele não será eterno apenas no meu coração e na minha mente mas também na minha pele, onde eu possa olhar para ele a qualquer momento, enquanto eu estiver vivo!’’

Jorginho, você é um rapaz de sorte!

“Eu virei fã do Jorginho e do pai dele, o Renne. Foram 5 horas tatuando a costela com uma tranquilidade absurda, com direito a muitaaaas risadas e trocas de ideias maravilhosas! Uma energia muuuito boa!! Amei tatuar o Jorginho no Renne!” – Conta a Beatriz.

E temos tatuagens de gatinhos também!

3 – Juliana e gatos Mariano e Olivia:

Veja a história de amor da Juliana:
“Meu maior sonho sempre foi ter um gato, mas com 3 cachorros bravos em casa era difícil. Até que uma vizinha resgatou alguns e um deles, passava sempre pra minha casa e nunca queria ir embora. Galego, como era chamado por ser “ruivinho”, foi conquistando a todos da minha casa e quando vi, a primeira noite dentro de casa ele estava dormindo agarrado comigo na cama. Decidi adotar e decidi também que Galego não era seu nome. Depois de uma longa história, paramos em Mariano e ele passou a atender por esse nome desde então. Mariano era o gato mais “cachorro” que existe, obedecia, era carinhoso, extremamente dócil, o amor inteirinho da minha vida. Mas infelizmente ele faleceu com 1 ano e 6 meses no meu colo por problemas cardíacos. Fiquei sem chão! Não sabia o que fazer, fiquei perdida e me sentia sozinha, parecia que eu havia perdido um filho de tanta dor que eu sentia. Decidi um dia, olhar grupos de adoções de pets, sempre olhava os gatinhos mas nunca achava um que eu realmente me apegasse do mesmo tanto que me apeguei com Mariano. Foi quando achei Olivia perdida em um dos comentários. Falei com a dona e logo marquei de ir buscar, não queria saber onde era, e era longe! Quando a peguei no colo chorei que nem criança, meu bebê com 45 dias cabia na palma da minha mão, tão pequena e ja fazia tanta bagunça! Descobrimos que ela é uma gata “anã” por ser menor do que os gatos pequenos, e seu apelido é Magrelinha. Acabou que o nome coube perfeitamente na minha Olivia Palito. Diferente do que o Mariano era, Olivia é espevitada e cheia de vontades na casa, mas super carinhosa e amorosa. Ela não tomou o lugar dele, mas encheu minha vida de luz de novo, e hoje não me vejo sem ela. Decidi fazer a tatuagem em homenagem aos meus dois amores porque não consigo lembrar como era minha vida antes deles, e eu só consigo sentir gratidão por tudo o que trouxeram pra mim quando chegaram, cada um no seu tempo. E ter eles marcados na minha pele é como se eu os carregasse comigo pra qualquer lugar que eu for. A gente acha que os adotando, estamos salvando a vida deles, quando na verdade eles que salvam a gente!’’

“A história da Juliana eu acompanhei de perto. Ela é minha esposa e eu pude sentir a dor dela quando fomos pegas de surpresa com a morte do Mariano, o gatinho ruivinho. Até hoje eu não consigo aceitar a ausência dele. Mas com a chegada da Olivia, eu vi a Ju voltando a ter alegria nos dias dela. Olivia é uma danadinha, apaixonante. Em todas as tatuagens eu estou ciente da responsabilidade que tenho e sei o quanto aquilo significa pros meus clientes. E neste caso como acompanhei de perto, sei o tamanho da importância que essa tattoo tem pra ela!”– Afirmou Beatriz.

4 – Rex, o doguinho do Marcus:

Entenda a história entre Marcus e Rex:
“Em Maio de 2004 nasceu um anjinho de quatro patas, tão pequeno que cabia na palma da mão. Eu não sabia, mas ele seria o ser mais importante da minha vida. Me lembro quando fui buscá-lo junto com a minha mãe e meu tio, eram quatro filhotes que uma menina estava doando, ele me chamou atenção porque era o único que ficou paradinho olhando e encarando a gente, foi assim que escolhemos. Na verdade foi ele que nos escolheu. Eu tinha 21 anos na época, nunca tinha tido um cachorro e fui aprendendo a cuidar dele e ele de mim. O nome seria Rex, minha mãe sempre quis ter um cachorro com esse nome, e não poderia ter escolhido nome melhor: como era marrentinho, não tinha medo de nada e que personalidade forte ele tinha… comecei a ver como um filho.”

A Beatriz contou sobre como começou essa história:

“O Marcus me procurou pra tatuar no Rio de Janeiro quando eu ainda estava no início da minha caminhada tatuando pets. Lembro que ele me mandava mensagem no instagram a cada 5 dias pra confirmar se estava tudo certo para nossa sessão.Lembro também que ao chegar na loja, ele abriu um sorriso TÃO grande ao me ver que eu mesma fiquei surpresa com tamanha alegria dele por ter chegado o tão esperado dia! A história dele com o Rex é apaixonante. Marcus dormiu durante a sessão pois, segundo ele, havia passado a noite acordado com ansiedade. Tadinho! Infelizmente Rex partiu..mas fico feliz que eu pude fazer parte da história deles!”

5 – Letícia e Nutella

Agora vamos ver o que a Letícia contou sobre essa história de amor:

“Minha primeira tatuagem simbólica! Sempre achei clichê essas pessoas que fazem tatuagem de pessoas e animais, na minha cabeça o sentimento poderia mudar e você teria uma marca para o resto da vida! Até que chegou a minha necessidade de fazer essa homenagem, que acabou mais sendo uma forma de manter ela sempre comigo.


A Nutella foi minha primeira filha! Tive outros cachorros na minha casa, mas eles eram da minha mãe. A Nut foi a primeira vez que a responsabilidade e os prazeres também eram todos meus!
Foi um presente da minha mãe, em uma época que eu estava morando sozinha em São Paulo (sou de Ribeirão Preto) e ela veio para mudar a minha vida de uma forma difícil de colocar em palavras. Ela estava comigo em TODOS momentos, minha parceira pra tudo. Ela tinha uma felicidade que era única! Amava a vida ao ar livre, isso trazia alguns problemas como a linda mania de se rolar em bostas de vacas (mas eu daria tudoooo para sentir aquele cheiro todo mais uma vez)!
Ela não mudou somente minha vida, mas também a do meu pai (que foi algo lindo de ver) até então ele não aceitava cachorros nos quartos, no sofá e na cama… nem pensar! Ele tem alergia à cachorro, tem asma, então mantinha distância, nunca pegava no colo. Com a chegada na Nutella, tudo isso mudou. Ela passou a ser o centro das atenções de todos, meu pai agora ama qualquer cachorro, ela até dormia na cama com ele! Era um amor lindo! Ele até fez um poema para ela (“Me ficou profundo. Acompanhou lado a lado meus passos. Paciente, aguardou meu tempo. Sábia, fez a tudo ignorar… Me apaixonei!”)


Infelizmente tivemos um início de 2019 bem conturbado, meu namorado caiu de bicicleta e quebrou o pescoço, dormi no hospital com ele e com isso meu pai levou a Nut para o apartamento dele. No dia seguinte, teve uma tempestade daquelas absurdas de Verão em SP e ela sempre teve muito medo de trovões. Em desespero, por estar sozinha, ela pulou pela janela do nono andar. Desde então, convivo com esse vazio, ela faz falta em todos momentos e não tem um dia que eu não me lembre dela. E aí veio a necessidade de tatuar meu Rabixo (a forma como eu sempre chamava ela – shibas tem um rabo especial) foi a forma que encontrei de manter ela sempre comigo. Busquei muitoooo, diversos profissionais para fazer o trabalho, porque teria que ser tão perfeito quanto ela foi para mim. Eis que achei a Bia que me ajudou a eternizar ela em mim. Impossível uma escolha melhor, todos que olham a tatuagem elogiam, o trabalho é impecável, o carinho, a dedicação e o talento foi a escolha mais do que certa! Eterna gratidão!”

“Esta foi de longe a história que mais me marcou. Eu tento me colocar no lugar dos clientes quando eles me contam sobre o que aconteceu com os pets deles. E acho que até hoje a história da Leticia é uma das que eu mais fiquei sem reação. Não consegui imaginar o que eu faria nessa situação. Nossa sessão foi um dia muito emocionante, muito emotivo! A história que ela e o pai dela tiveram com a Nutella em 2 aninhos é linda, e eu sei o tanto que essa tatuagem tem importância na vida dela! Agradecerei sempre por confiar esta responsabilidade em minhas mãos.” – Se emociona Beatriz.

6 – A Nathalia e o dog Bolt:

Olha o que a Nathalia falou sobre o Bolt:
“Já queria um cachorro há algum tempo. Mas morando em apartamento e trabalhando o dia todo ficava achando uma ideia distante. Sempre tive cachorro desde pequena, mas depois que casei ainda não tinha tido nenhum outro dog. Eis que, em uma sexta-feira, dia 25/05/2018, indo beber uma gelada na casa dos amigos, me deparo com um dog magrelo, pretinho, e que só tinha orelhas de tão magro. Meus amigos encontraram ele na porta do condomínio dormindo embaixo de um carro e resolveram tentar ajudar a achar um lar. E eu, prontamente, me ofereci pra ajudar. Até que no final da noite ele já tinha um novo lar: o meu coração! Bolt estava com doença do carrapato, anêmico e pesava 4kg.
Ele chegou pra mudar total a minha vida. Comecei a estudar sobre comportamento canino porque o Bolt tinha bastante medo e reagia a algumas coisas. Bolt me apresentou um olhar novo sobre cachorros e eu fui conhecendo e me apaixonando ainda mais pelo Universo pet. Depois de 14 anos trabalhando com aviação e manutenção de aeronaves decidi mudar para área pet e hoje trabalho em um daycare para cães. 
Depois de um ano desse amor na minha vida e de todas essas mudanças achei que valia fazer um registro: Queria fazer uma tattoo em homenagem à ele e a essa nova fase.
Já tendo o Instagram do Bolt desde o primeiro dia com ele, conheci o trabalho da Bia através do perfil do cachorreiros cariocas. E ficava pensando se ia conseguir uma tattoo que realmente representa-se ele, por ser viralata ter características próprias diferentes de padrões de raças, por ser pretinho e com muitos pelinhos… Consegui marcar com a Bia, dia 27/05/2019, 2 dias depois de completar 1 ano do Bolt na minha vida. Fui com um pouco de receio, mas decidida a fazer. Seria como presente de aniversário de vida do Bolt. Sai do estúdio numa segunda-feira, meia noite e pouca, maravilhada com a obra de arte que ela tinha feito no meu braço e com a pessoa divertida e good vibes que conheci. Foram algumas boas horas de tattoo, alguns minutos de sofrimento no grande final da tinta branca e boas horas de bate papo e risadas. Ficaria ali tatuando e bebendo uma gelada até o dia seguinte.
Virei fã de carteirinha e me considero a cliente que entrou pra lista de amigos <3
Estou ansiosa pra fazer mais obras de arte em breve com ela!“

“A Nathalia e o Bolt possuem uma historia que eu amo! Acho que ja contei a história dela pra milhares de clientes (Risos). Eu não conheci o Bolt ainda, mas pretendo conhecê-lo um dia! Ele é um blogueirinho nato! A Nathalia acabou virando uma amiga minha pós tattoo por trocarmos muita ideia e o bate papo com ela é seeempre muito divertido. Nossa sessão foi longa, mas muito agradável” – Disse Beatriz!

7 – Ana Verissimo e Dog Dara:

A história da Ana e da Dara:
“A vontade de fazer uma tatto da Dara com um KONG, veio quando me impressionei com a tatuagem do Jorginho com um KONG, achei massa ele com o KONG, mas o que me chamou a atenção foi a veracidade da tatuagem parecia um decalque ou uma foto. Era simplesmente extraordinária!


A decisão veio depois, quando estava preparando os papéis da Dara para nossa volta aos Estados Unidos, e tive a sensação que ela tinha passado para a fase idosa. Um verdadeiro filme se passou na minha cabeça: Lembrei de quando comecei essa minha nova profissão como treinadora de cães, na Academia para treinadores de cães em San Francisco, e no primeiro dia de aula, quando me deram uma pochet para colocar petisco, um clicker para usar durante o treinamento, e um KONG. Eu não sabia nada sobre treinamento de cães, e muito menos o que iria fazer com esse brinquedo vermelho de borracha, o KONG.


Quando me formei como treinadora de cães profissionais, decidi pegar um filhote e treinar ele desde de pequeno, e foi aí que Dara entrou na minha vida. Ela foi uma cadela extraordinária, tão inteligente, que me fez parecer uma treinadora profissional de verdade. Dara e eu ganhamos vários títulos em várias modalidades de competições, até mesmo o maior prêmio do nosso clube, o Super Dog, numa competição onde ela tirou 6 primeiro lugares e adquiriu 2 títulos. Quando Dara completou 1 ano, decidi voltar ao Brasil e seguir com a minha nova profissão. Comecei a dar consultoria comportamental, e com poucos meses a KONG entrou em contato procurando uma treinadora certificada nos Estados Unidos para trabalhar com a marca no Brasil, e aceitei esse desafio. Estou com a empresa há 8 anos, e depois de implementar um programa de embaixadores da KONG no Brasil, com treinadores em várias regiões, a KONG decidiu expandir o programa pelos Estados Unidos e outros continentes, e foi quando vi a possibilidade de fazer parte desse time nos Estados Unidos, e agora estamos aqui. Eu até apresentei minha tatuagem para os donos da empresa, durante um dos maiores eventos Pet dos Estados Unidos, e todos ficaram felizes, e eu emocianada. Fiquei muito satisfeita com minha tatuagem, Beatriz tem um talento fenomenal!”

“A Ana me pegou de surpresa pois ela precisava de uma data antes da viagem dela de mudança para os Estados unidos. E no dia da sessão dela, a Dara fugiu assustada e acabou se machucando numa vala, em Santos. Aí, precisamos adiar a sessão, mas como minha agenda estava lotada, nós só conseguimos uma data muito próximaaa da viagem dela. Graças a Deus deu tudo certo! A sessão foi simplesmente incrível: a Ana é uma pessoa maravilhosa, cheia de experiências e histórias pra contar. Iniciamos a tattoo as 13 horas e finalizamos tudo quase 22 horas porque conversamos até não poder mais, foi um dia muito prazeroso! Eu amei ouvir a historia dela e da Dara, e dos outros 3 doguinhos que ela tem. É bacana demais conhecer pessoas assim” Afirma Bia.

8 – Patricia Varino com seu cachorrinho Cookie:

Agora a história contada pela Patrícia:

“Passei mais de 30 anos da minha vida com pânico de cachorros. Para mim, era impossível ficar em um mesmo ambiente que o menor e mais inofensivo filhote.
Já cheguei a pular, literalmente, no colo de um desconhecido na rua para fugir de dois cachorros brincando. Por conta de situações assim percebi que estava ficando impossível viver em sociedade com esse medo irracional, por isso busquei terapia e consegui melhorar muito. Após 2 anos da terapia, comecei a sentir vontade de ter um cachorrinho, meu marido achou o Cookie e fomos conhecê-lo. Desde o momento que vi aquela bolinha de pelo não consegui mais tirar ele da minha cabeça. Saímos de lá sem o cachorro, dizendo que iríamos pensar na adoção, e uma volta de carro no quarteirão foi o suficiente para saber que tínhamos achado nosso filhote.
Levamos Cookie para casa, ele nunca nos estranhou, nunca se sentiu desconfortável ou desconfiado com a gente e isso já tem 3 anos. Ano passado me dei de presente de aniversario uma tatuagem com o focinho mais lindo da minha vida: retratei esse amor eterno no meu braço. Desde o dia que ele chegou só trouxe amor para nossa casa, e nunca mais eu fiquei sozinha.”

“A História da Patricia foi uma das mais curiosas que ja tatuei: Ela tinha muito medo de cachorros, e acho que nunca alguém imaginou que eu fosse tatuar uma cliente com essa história mas ela superou o medo, e adotou essa coisa linda que é o cookie!” Conta Beatriz.

9 – Hanna e seu doguinho Bob:

UAU! Saiba agora porque a Hanna é apaixonada pelo Bob:

“Desde que chegou, Bob sempre foi um cachorro diferente: era calmo, mas ao mesmo tempo era bem aventureiro. Foi crescendo e se tornando meu companheiro, meu filho, meu melhor amigo, um grude. Onde eu podia levá-lo, ele me acompanhava. Era conhecido e querido por todos a minha volta! Adorava andar de barco, nadar no rio, fazer trilhas, até cachoeiras e conhecer novos lugares, pessoas e doguinhos!
Por acaso, um dia vi, uma tatto que a Beatriz havia feito, achei demais e brinquei com meu filhão Bob dizendo que um dia faria uma tatuagem pra ele. Eu só não esperava que semanas depois ele fosse descansar.
Foram 5 anos muito bem vividos. E logo me lembrei daquela tatuagem que vi de um cachorro na internet. Procurei pela Beatriz de todas as formas, pois sabia que não me arrependeria se fizesse com ela a tatuagem. Viajei 400 km e o resultado está aí pra vocês verem! Ela realmente tem um dom. E eu fico feliz em poder ter encontrado alguém com esse talento!”

“A Hanna é o tipo de cliente que faz com que eu me sinta muito honrada. Ela viajou 400km pra vir tatuar comigo e me trouxe a história desse aventureiro que era o Bob! A história dela, com ele, me marcou muito pois eu adoro quando os donos me contam que o doguinho viveu MUITO bem a vida. E o Bob estava em vários lugares e rolês, e provavelmente deve ter viajado mais do que eu mesma! Infelizmente ele partiu de uma forma trágica, e eu me sinto muito especial por ter sido a escolhida para poder registrar ele na pele da Hanna, sei que todas as historias felizes virão junto com o sentimento dessa tatuagem!”

10 – Marcia e suas 3 gatas + 1 doguinho:

Marcia, como foi que você decidiu tatuar seus bichinhos? Ela conta aqui:

“Desde criança, eu sempre tive doguinho e não era muito fã de gatinhos. Fiquei um bom tempo sem nenhum bichinho. Minha filha desde pequenininha sempre pedia um gatinho. Meu tio resgatou uma gata grávida e me deu um filhote. Foi a Kitty de olhos azuis!
Um dia, peguei uma filhote de frajolinha que estava sendo judiada por uma pessoa maldosa que deu um chute nela. Levei ao veterinário e ela sobreviveu.
Depois eu ganhei a Amora, que é meu chicletinho, e também veio de um resgate de rua.
Pra completar, eu ganhei o Win (que não é de ‘ganhador’ em inglês e nem de Winderson Nunes).
Eu não imaginava que gato era tudo de bom!! Gatos não precisam ser ensinados a fazer as coisas nas caixas, são independentes e, sim, são carinhosos!
Doguinhos são calorosos nas demonstrações de afeto. O meu é doidão: Lambe, morde, pula… São filhos que a vida me deu e eu amo demais!”

“A história da Marcia me marcou muito porque suas 3 gatinhas são resgatadas! Tenho vários clientes que possuem pets resgatados, e eu fico feliz que existam pessoas de bem no mundo como a Marcia. Dói saber que as pessoas são capazes de fazer tanta maldade com esses bichinhos que sempre nos dão tanto amor e carinho, em troca de um lar e um pratinho de comida! Ela é uma pessoa muito gente boa e aguentou bem muitas horas de sessão. Eu adoro fazer gatinhos, e não faço com tanta frequência pois a quantidade de catioros que eu posto é gigante. (Risos)”

Para encerrar, vamos ver mais artes fofinhas de animais? Vamos!
Aqui estão, outras tatuagens de animais que são sucesso no perfil da Bia:

Se você se apaixonou por essas histórias assim como nós, não deixe de acompanhar o trabalho da artista!

Beatriz Rezende
Para contato e informações: https://www.instagram.com/beatrizrtattoo/
Atende em: São Paulo, SP

Nosso texto foi escolhido para recomendação na campanha sobre o Dia do Vira-lata da editora educativa Twinkl.

Foto de capa: mgkm photography on VisualHunt / CC BY-NC-ND

Nicolle Balby
Nicolle Balbyhttps://tattoo2me.com/
Me chamo Nicolle, a Balby. Atualmente trabalho como social media e produção de conteúdo digital. Amo tatuagens, café, cerveja, música e gatos.

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