Eu tenho depressão, e hoje não tenho vergonha de falar e ajudar outras pessoas, esse tabu aqui não existe mais!
Eu trabalho diretamente com o Instagram: é meu dia a dia, é meu sustento e minha diversão. Compartilho minhas vitórias e cotidiano como se eu estivesse em uma mesa de bar com amigos, é natural e simples.
Alguns meses atrás, percebi que estava deprimida e busquei ajuda.
Fiquei sem falar sobre o assunto, mas. quando comecei a falar percebi que alguns dos meus clientes estavam passando por sintomas parecidos, e quanto mais eu prestava atenção e falava, me deparava com algo maior: Não era somente eu, ou alguns dos meus clientes, mas amigos empreendedores e “influenciers” que eu sigo.
O que todos nós tínhamos em comum: Uso excessivo de internet, tanto para o lazer, quanto para o trabalho, empreender e lidar com público internauta- um público sem papas na língua por estar distante, sem o olho no olho, fala sem dó e sem empatia pelo produtor de conteúdo.
Estou passando pela minha jornada e se quiser me acompanhar e bater um papo me chama aqui: https://www.instagram.com/nictadecachos/ ou [email protected] =)
Fui mais a fundo na minha pesquisa sobre a depressão e sua relação com o Instagram ou vice e versa!
Outras pesquisas feitas pelas pessoas no google sobre o tema:
“O Instagram é a pior rede.”
“O Instagram é tóxico.”
“O Instagram é a rede social mais nociva para a saúde mental.“
Abaixo vou apresentar o que as pesquisas, textos, sites de notícias falam sobre o assunto, pois ele não é novo.
Super Interessante: Instagram é a rede social mais nociva à saúde mental:
A revista eletrônica apresenta um estudo feito pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem.
A “vida perfeita” compartilhada nas redes sociais faz com que os jovens desenvolvam expectativas irreais sobre suas próprias vivências. Não à toa, esse perfeccionismo atrelado à baixa autoestima pode desencadear sérios problemas de ansiedade. Os pesquisadores advertem: os usuários que passam mais que duas horas diárias conectados em mídias sociais são mais propensos a desenvolverem distúrbios de saúde mental, como estresse psicossocial.
Após a publicação desta matéria, o Instagram se posicionou dizendo que sua prioridade é fazer da rede um lugar seguro e de apoio, onde todos se sintam confortáveis para se expressarem:
“Queremos que as pessoas que precisam lidar com problemas de saúde mental possam encontrar no Instagram o apoio necessário a qualquer momento. Por isso, trabalhamos em parceria com especialistas para disponibilizar as ferramentas e informações necessárias para que as pessoas saibam como denunciar conteúdo, obter apoio para um amigo que está precisando ou entrar em contato diretamente com um especialista para pedir conselhos sobre uma questão com a qual eles estejam lidando”, afirma Michelle Napchan, Líder de Políticas Públicas do Instagram na Europa, onde o estudo foi realizado.
BBC: Instagram é considerada a pior rede social para saúde mental dos jovens
A BBC trouxe a mesma pesquisa da Super Interessante, você pode acompanhar pelo link nos títulos.
Além da pesquisa ela trouxe novas informações:
Com base nessas descobertas, especialistas em saúde pública estão pedindo para que as plataformas de redes sociais introduzam uma série de checagens e medidas para melhorar a saúde mental, incluindo:
- Avisos de que as pessoas estão fazendo uso excessivo das redes sociais (apoiada por 70% dos jovens que participaram da pesquisa);
- A identificação, por parte das plataformas, de usuários com problemas de saúde mental (pelo conteúdo de postagens) seguida de “indicações discretas sobre como eles podem conseguir apoio”;
- Sinalização de quando as fotos foram digitalmente manipuladas — por exemplo, marcas de roupa, celebridades e outras organizações publicitárias poderiam utilizar um pequeno ícone nas fotos alteradas digitalmente.
MinhaVida.com: Piores redes sociais para a saúde mental
O Site Minha Vida que fala sobre saúde e bem estar trás dados da Pew Research Center que revelam que os jovens adultos são os internautas mais ativos no Instagram: 64% dos usuários entre 18 a 29 anos têm um perfil na rede. Vale ressaltar que o Instagram possui mais de 1 bilhão de contas ativas.
Yuri Busin, psicólogo especialista em Neurociência Cognitiva, afirma que o Instagram virou uma rede social de exibição, pois o que é postado representa somente uma fração da realidade.
“O Instagram é uma maquiagem da vida do outro”, comenta. Devido à comparação excessiva com outras pessoas, além da exposição própria na web à espera de curtidas e visualizações, o usuário se sente frustrado, nutrindo um sentimento de insuficiência — o que pode levar à ansiedade, depressão e até suicídio.
G1 Sessão Tecnologia: Instagram é considerada a pior rede social para saúde mental dos jovens.
O site brasileiro traz a pesquisa do Reino Unido, e apresenta uma entrevista, acompanhe abaixo:
‘Depressão profunda’
Isla é uma jovem de 20 e poucos anos. Ela ficou “viciada” em redes sociais durante a adolescência quando estava passando por um momento difícil de sua vida.
“As comunidades online me fizeram sentir incluída, como se a minha existência valesse a pena”, diz. “Mas eu comecei a negligenciar minhas amizades na ‘vida real’ e passava todo o meu tempo online conversando com meus amigos lá”.
“Eu passei por uma depressão profunda quando tinha 16 anos, ela durou meses e foi terrível. Durante esse período, as redes sociais me fizeram sentir pior, eu constantemente me comparava com outras pessoas e isso fazia eu me sentir mal”, conta a jovem.
“Quando eu tinha 19 anos, tive outro episódio de depressão profunda. Eu entrava nas redes sociais, via meus amigos fazendo várias coisas e me odiava por não conseguir fazê-las ou me sentia mal por não ser uma pessoa tão boa quanto eles”.
As redes sociais também tiveram um efeito positivo na vida de Isla. “Eu bloguei muito sobre saúde mental, sou bem aberta em relação a isso e tive boas conversas com as pessoas sobre o assunto.”
“Eu acho que me dá uma plataforma pra falar sobre isso. Conversar com as pessoas é algo imperativo para a minha saúde. Eu ainda sou amiga de pessoas que conheci na internet há cinco, seis anos e até encontrei algumas delas pessoalmente”, diz.
A pesquisa online fez uma série de perguntas sobre o impacto das redes YouTube, Instagram, Snapchat, Facebook e Twitter em termos de saúde e bem-estar. Os participantes da pesquisa deveriam avaliar cada plataforma em 14 tópicos relacionados aos temas.
Com base nessas avaliações, o YouTube foi a rede com o impacto mais positivo em termos de saúde mental e depressão, seguido por Twitter e Facebook. Snapchat e Instagram tiveram as piores pontuações.
Com essas considerações: O Instagram é bom?
A rockcontent sempre sai na frente em seu blog e falaram sobre as medidas que o instagram já começou a tomar sobre o assunto:
Uma das medidas mais comentadas dos últimos tempos foi o fim dos likes na plataforma.
Uma outra medida implantada pela rede social em 2018 foi a função que permite que o usuário saiba quanto tempo ele passou utilizando o app.
Essa iniciativa busca conscientizar e dar mais poder ao usuário sobre a plataforma.
Aplicativos que você também pode usar:
Teste e descubra qual a melhor opção para você:
Fotos Perfeitas, como lidar?
Primeiro de tudo: Pratique a gratidão por quem você é hoje e pelo o que conquistou e não pelo o que o outro tem.
Cada um está passando por uma etapa na vida que não pode ser comparada com a sua etapa, muitas vezes nem percebemos, mas aquela pessoa também pode estar passando por um momento difícil e até depressão.
Como ter mais gratidão? Como diz Sri Sri Ravi Shakar, Guru indiano:
Primeiramente, deixe ir esse “mais”. Mais devoção, mais gratidão, mais alegria, mais felicidade. Precisamos deixar ir esse ‘eu quero mais e mais’.
Primeiro você estava pensando, ‘eu quero mais dinheiro, mais alegria, mais felicidade e mais prazer.’ Então você mudou sua tendência para querer mais paz, mais conhecimento, mais disso e mais daquilo.
Enquanto você estiver na corrida por mais, você não vai estabilizar. A menos que você estabilize, não há paz nem graça. Entendeu?!
Brigas no instagram e polêmicas, como lidar?
A pergunta não é como podemos deixar o instagram melhor, mas como deixar nossa relação na internet melhor, como podemos deixar o mundo em nossa volta melhor: ONLINE OU NÃO.
Podemos começar por nós mesmo com a comunicação não-violenta:
Texto da Carolina Nalon: Como praticar a comunicação não violenta:
Existem algumas atitudes podem ser tomadas por quem quer começar a se conectar melhor com os outros e consigo mesmo. Essas ações têm tudo a ver com um processo de tomada de consciência interna (do que está acontecendo dentro de mim) e externa (o que está acontecendo com o outro) e depois disso, tentarmos resolver o que tiver que ser resolvido dos nossos conflitos. Nesse processo, podemos seguir alguns passos que nos ajudam a ter conversas mais saudáveis:
1. Observação: fazer observações sobre as ações ou falas da pessoa que estão nos incomodando ou gerando conflito, em uma discussão, por exemplo. É importante que essas observações sejam baseadas em fatos, e não em nossas interpretações acerca do que a pessoa quis dizer com suas atitudes, mas sim, o que de fato ela fez ou falou.
2. Sentimentos: Depois de observar o que causou o conflito, podemos nos voltar para nós mesmos, percebendo e identificando os sentimentos que estão sendo aflorados dentro de nós a partir das atitudes da pessoa. Estamos sentindo raiva? Frustração? Medo? Preocupação? Alívio?
Nesse momento é bem importante utilizarmos palavras que sejam, de fato, sentimentos e não julgamentos. Por exemplo, quando digo que estou me sentindo “ignorada” isso não é de fato um sentimento, pois a palavra descreve a ação de uma terceira pessoa “você está me ignorando”. A ideia aqui é que você se pergunte: “se estou com a sensação de que estou sendo ignorada, o que eu de fato sinto?”.
Esse exercício é importante não porque você quer se enganar ou retirar a responsabilidade do outro pelas ações dele, mas sim porque você quer aumentar suas chances de ser escutada quando for falar sobre algo. Se você disser “estou me sentindo triste com o que aconteceu” em vez de “estou me sentindo ignorada por você” suas chances de ser escutada são maiores.
3. Necessidades: Após nomear esses sentimentos, podemos então identificar as necessidades que são apontadas por eles. Se estamos nos sentindo frustrados, qual foi a necessidade que não foi atendida e que gerou essa frustração?
Comunique suas necessidades se responsabilizando por elas, por exemplo, em vez de dizer “estou irritada porque vocês não lavam a louça” você pode entender quais necessidades suas não estão sendo atendidas e comunicá-las “estou irritada porque eu estou cansada e gostaria de chegar em casa e encontrá-la limpa.
Cooperação é algo importante para convivermos bem e gostaria de conversar sobre os acordos que vão nos ajudar a conviver melhor aqui em casa”
4. Pedido: Depois de entendermos melhor o que precisamos, podemos fazer ao outro um pedido claro para nossas necessidades sejam atendidas. Na conversa, todas essas questões podem ser trazidas à tona, para que fique claro o que está se passando entre nós e o outro. Isto é, podemos comunicar a ele as nossas observações, a partir do que ele fez ou falou, depois explicar o que sentimos a partir dessas atitudes, bem como do que precisamos e não está sendo suprido e então, fazermos um pedido claro do que queremos.
Muitas vezes isso pode ser difícil pois não sabemos o que queremos ou até mesmo temos receio de receber um “não” como resposta. A Comunicação Não Violenta é um convite para termos conversas corajosas. é claro que é muito mais gostoso quando as pessoas adivinhem o que estamos precisando mas é injusto esperar isso delas sempre.
Para que um vínculo de confiança se estabeleça precisamos comunicar nossas necessidades e pedidos de maneira que as outras pessoas tenham clareza sobre como poderiam enriquecer nossas vidas.
Quero sempre lembrar que depressão, ansiedade e outros transtornos é muito importante buscar um especialista.
ORIGEM DA COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
Quem sistematizou a CNV foi o psicólogo americano Marshall Rosenberg, na década de 1960. Ele foi fundador do The Center for Nonviolent Communication. Além de elaborar a Comunicação Não Violenta, ele a disseminou em cerca de 60 países e foi autor de vários livros sobre o tema.
Um desses livros, que é muito indicado para quem quer aprender a como trabalhar os conflitos interpessoais de maneira mais saudável e compassiva é o Nonviolent Communication: A Language of Life (em português: Comunicação Não Violenta. Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais). Marshall morreu em 2015, deixando suas ricas contribuições para as relações humanas.
Por que trouxe tudo isso para você?
Você não está sozinho, nem eu.
E juntos podemos fazer uma grande mudança em nossa volta!
Se você trabalha com instagram: Pratique a comunicação não-violenta e sempre leve amor e compreensão para quem compra seu produto ou frequenta suas redes sociais.
Se você é um consumidor do instagram assíduo: busque seguir apenas marcas e pessoas que acrescentam em sua vida de forma positiva.
Se está precisando de ajuda: Procure um profissional, você não precisa estar sozinho nesse momento.
Desafio você: Seguir apenas 200 contas positivas, e deixar de seguir quem não te traz nada.
Como diz a Marie Kondo da mágica da arrumação: Esse perfil trás felicidade? Ele trás a sensação de segurar um lindo filhotinho de cachorro? Não? Deixe de seguir. (ela fala isso para coisas, mas vamos usar aqui também. Rs.)
E o último conselho: Se conecte a pessoas reais, marque um café com um velho amigo, mesmo que seja virtual- em tempos de Pandemia e isolamento social, um antigo professor, passe um tempo perto da natureza ou em uma livraria, quando puder.
Sinta cheiros e prove novos sabores. ❤
O instagram é bom! Ele nos proporciona conhecer muitas coisas novas, use com moderação e com carinho. Ele, na verdade, com sabedoria e moderação pode até nos tirar da depressão.
Seja a diferença que você quer no mundo ❤
Foto de capa: cesar_does_it
Irei abordar mais sobre esses assuntos em meu instagram, e te recomendo acompanhar:
https://www.instagram.com/nictadecachos/