Olá! Meu nome é Ana Laura, mas me conhecem como Lalá, vou contar sobre meu processo de fechamento.
Não sou tatuadora, mas sou tatuada (haha) e namorada de um. Então penso que acabei aprendendo um pouco do mundo da arte na pele.
Comecei com os rabiscos na pele com meus 18 anos (quando finalmente passei a ser dona do meu nariz, como bem dizia meu pai). Um desenho aqui, outro ali. Braço, costas, costelas,até que, conheci uma pessoa, o Du!
E foi com ele que dei início a um looongo processo de arte no corpo que irei contar aqui!
Começamos com uma tatuagem no quadril (para uma amostra de inauguração de uma loja de roupas estilosas de um amigo). Fizemos a sessão como se fosse em uma convenção, pessoas passando e olhando a todo momento durante a inauguração da loja de roupas. Confesso que gostei.
A dor foi ate menor, tinha muita distração e gente querendo bate- papo.
1.ª sessão de muitas a perder de vista…. Foi só traçado, pois era muito grande, pegava meu quadril/lateral de coxa por completo. A primeiras 2 horas de tantas outras muito mais sofridas que eu nem poderia imaginar na época.
É comum as pessoas me perguntarem com frequência quanto tempo foi para fechar a perna.
A resposta é:
3 anos e 7 meses, e eu ainda não fechei! ??
Se não me falha a memória foram cerca de 8 sessões, e algumas delas com duração de 6 horas de sessão (Deus é mais, rs)
Após a 1ª sessão que foi só o traçado, teve o início da pintura em outra sessão. E ao longo de uma sessão íamos (eu e o Du) tendo ideias ? para cada próxima sessão. Alguns desenhos eu ja tinha em mente guardado como referência e só precisávamos pensar em algumas modificações e onde encaixar da melhor maneira na perna.
Até então o fechamento seria no quadril. Mas como tudo muda nessa vida, minha vontade também ?? (haha) eu disse que queria a parte de baixo da perna também!
e ai foram… 3 sessões, 4, 5, 6… ??
Só que, gente… não pensem que é simples, fácil. Eu cheguei a dar 5 meses de intervalo entre uma sessão e outra. Alguns lugares são tão sofridos que te fazem pensar umas 5x antes de querer dar continuidade. Rsrs
E tem uma coisa que muita gente não para pra pensar mas deveria. O tatuador também cansa viu. Dor nas costas, a vista cansada, dro na mão…imagina você (e o tatuador) na mesma santa posição por 2 horas sem parar… agora imagina por 5/6 horas! Fora a parte de todo esse tempo sentindo dor… (pq eu não uso pomada)?
As sessões são longas e cansativas… e ainda em relação a dor, nosso corpo fica “machucado” e tudo que ele pede depois da tattoo é descanso!!! Rsrs ele precisa de um tempo além da cicatrização pra “esquecer” um pouquinho do sofrimento, e se preparar para mais uma sessão de “acupuntura” com muuuitas agulhadas heheh
Meus quase 4 anos me renderam cerca de 8 sessões bem longas e desconfortáveis! (Obvio que valeram a pena e estou felizona da vida), mas que ainda foi *só* meio fechamento.
Se levarei mais 4 anos para terminar toda a parte de dentro da perna eu não sei. Mas meu namorado que lute pra pensar em tantos outros rabiscos comigo e me aguentar choramingando nas próximas pelo menos 8 sessões a frente ??❤️
Obs: quem sabe daqui uns anos vocês me vejam aqui novamente conta do o final da história (o fechamento completo) ? Eu ouvi um Amém?! ?? Não vejo a hora desse dia chegar! ?
Insta: @lalamoromizato
Esse relato foi feito pela maravilhosa seguidora Lala, que contou como foi seu processo de fechamento, e essa história é bem importante de ser contada afinal, não é da noite pro dia que você terá o corpo todo fechado de tatuagens, é preciso paciência e carinho com seu corpo.
Vai aos poucos, e sempre cuidando da sua pele!
Obrigada Lala por contar sua experiência e dividir com a gente sua alegria em ter uma arte incrível e única na sua pele!
Até o próximo texto!
- O Fineline de Fernanda Chizuko: traços delicados e precisos
Fernanda Chizuko é uma artista que se destaca pela precisão e delicadeza de suas tatuagens no estilo fineline. - Meio Pulmão: O Tatuador que Desenhou seu Próprio CaminhoConhecido como Meio Pulmão, seguiu seu sonho de viver da arte, deixando a engenharia para se tornar um tatuador de estilo único. Sua trajetória é marcada por coragem, autenticidade e um amor profundo pelo desenho, que inspira seus clientes e admiradores.
- Scarlath: O Dragão Vermelho das TattoosScarlath Louyse é uma tatuadora nômade que usa a arte para expressar sentimentos e criar conexões profundas com seus clientes. Com uma abordagem única e intuitiva, ela transforma histórias pessoais em tatuagens memoráveis.
