Conheça Tchelo e sua paixão por arte, tattoo e tribal

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O artista Tchelo é especialista em tatuagem tribal e seus trabalhos são de tirar o fôlego! Conheça agora sua trajetória na arte.

Tchelo é um artista movido por arte e música.

Além de ser especialista nas tatuagens tribais e fazer fechamentos fantásticos, ele também tem uma banda de rock e é apaixonado por tudo o que faz.

Diferente de muitas histórias que vemos por aí, Tchelo conta que se encontrou na tatuagem aos 40 anos, e hoje vive fazendo o que ama.

Suas referências de trabalho vêm principalmente da cultura Polinésia, ele desenvolve toda a sua arte em freehand e o resultado são tattoos incríveis e muito bem executadas.

Tchelo é um cara atento e sempre está em busca de novidades para agregar em seu trabalho e seguir evoluindo na arte.

Agora te convidamos a conhecer este grande artista através das suas próprias palavras.

Ninguém melhor do que ele para relatar sua trajetória, né?

Batemos um papo com o Tchelo e foi demais! Confira nossa entrevista.

Tchelo

Gostamos sempre de começar perguntando como tudo começou! 

Tchelo, quando você decidiu se tornar artista e como foi sua história com a arte? 

Tchelo: Bom, para começar já fiz quase de tudo na vida. Fui vendedor, promotor de eventos, locutor de rádio, repórter de TV, designer gráfico, assessor parlamentar…
E muitas outras coisas que nem caberiam nesse texto! Mas sempre fui muito ligado à arte.

Desenho e música sempre estiveram lado a lado na minha vida. Em 1988 fundei a banda Rosa de Saron (na qual fui vocalista por 12 anos) e até hoje tenho uma banda chamada The Flanders (com 4 CDs, 1 DVD e vários clipes lançados). 

Voltando ao desenho, ainda jovem, cheguei estagiar em uma produtora que fazia trechos de filmes da Disney.

Resumindo: eu já estava com 39 anos e totalmente infeliz profissionalmente e após pedir demissão onde eu trabalhava, acabei criando um jornal físico voltado ao mercado de tattoo, na região de Campinas/SP (onde moro). 

Eu vendia anúncios aos estúdios e depois distribuía o jornal gratuitamente em supermercados, padarias e outros estabelecimentos comerciais. 

Um dos estúdios para quem eu havia vendido ficou sem ter como me pagar e como lá eles davam um curso de tattoo, resolvi fazer uma permuta. 

Pouco tempo depois, passei 6 meses como aprendiz em outra loja e aos poucos fui conquistando meus primeiros clientes. 

Quem foi a pessoa que mais te apoiou e o que ela fez?

Tchelo: O Xandó (dono desta loja) me abriu as portas, teve paciência (às vezes não muita risos e me ensinou muito), mas até hoje o apoio maior vem da minha família, minha esposa e minhas filhas. 

Qual foi o momento mais marcante na história da sua carreira até hoje?

Tchelo: Já tatuei ao vivo no programa de rádio de maior audiência do interior de São Paulo, sendo transmitido em uma live para milhares de pessoas!
Gravei programas de TV… mas a primeira vez que tatuei fora do Brasil, ligou uma chave de possibilidades!

Fui para os EUA em uma quarta-feira, tatuei uma família toda na quinta-feira e na sexta, eu já estava trabalhando no Brasil novamente! Foi loucura, mas ali vi que seria possível expandir meu horizonte.

Tem alguma curiosidade em sua vida que quando você conta as pessoas se surpreendem?

Tchelo: Tirando que sou filho adotivo 4 vezes, que comecei a tatuar com quase 40 anos e que já tatuei uma senhora de 94 anos? – Risos. Acho que só o fato de ter 3 filhas e continuar são (porém não muito). 

Tchelo é um artista que se empenha em tudo o que faz! Ele nos contou que recentemente começou a participar de convenções de tatuagem, sempre com o propósito de difundir o estilo Tribal e o resultado tem sido positivo! 

Tchelo recebeu troféus na categoria e utiliza isso como incentivo para continuar buscando evolução em cada trabalho. 

Tchelo e seus prêmios conquistados em convenções de tatuagem

Como você descreve o seu processo criativo?

Tchelo: Já fiz quase todos os estilos, mas desde que optei por trabalhar com Tribal tenho estudado bastante os padrões e a cultura Polinésia (da qual sou apaixonado).

Quando o cliente chega, observo a anatomia da área a ser tatuada e desenvolvo todo o trabalho em freehand, de forma que a tattoo flua naturalmente.Quanto aos padrões, eu busco usar aqueles já existentes na cultura polinésia.

Quem inspira você na tatuagem e na pintura?

Tchelo: Não sou muito de pintar… confesso que gostaria, mas o tempo não tem me permitido. Tatuo de 10 à 12 horas, quase todos os dias.

Na tattoo sigo muitos artistas polinésios como Fred Frosty, Samoan Mike, entre outros. Além dos brasileiros: Felipe Black Ink (que hoje atende em NY) e Antonio Olveira (que está na Alemanha).

Quem são os seus clientes? Como são os hábitos dos clientes, o que eles mais conversam com você?

Tchelo: Atendo algumas mulheres, mas no Brasil, infelizmente o Tribal ainda é visto como um estilo mais voltado ao público masculino. Mas acredito que essa visão tende a mudar, pois lá fora muitas mulheres tem feito fechamentos tribais e fica muito style.

Meu público é 90% masculino, a maioria acima dos 30, 35 anos.
Antes os caras vinham fazer apenas uma faixa ou uma tattoo pequena “pra sentir como era a dor” ou “pra se acostumar” – como diziam…Risos. Hoje a galera já vem para fechar o braço, perna, peito, etc… faço muitos fechamentos.

Tem de tudo…. cliente que chega com medo e já reclamando de dor na primeira agulhada, cliente que já chega cheio de pomada anestésica e aqueles que parecem “budistas”… ficam sussa e meditando durante todo o processo.

Em relação aos papos, digo que o que faço é “tattooterapia”.
Quando percebo uma abertura, troco ideia sobre tudo e quando acaba o trampo, eu sei da vida de todo mundo, Risos. Me torno amigo da maioria dos meus clientes.

Qual foi a história mais bonita que você já tatuou?

“No início da pandemia eu me propus a encontrar algo inovador em relação à tattoo, na verdade estou sempre pesquisando e buscando essas inovações, pois acredito que nosso mercado muda e evoluiu constantemente.”

Tchelo

Em uma dessas buscas, conheci e comecei a fazer a chamada “Soundwave Tattoo”, ou seja, tattoos com som. Você faz a tattoo e através de um aplicativo todas as vezes que colocar o celular na frente dela, aquele som que está tatuado (pode ser qualquer tipo de áudio, voz, música, etc…) será ouvido perfeitamente. 

Tenho várias dessas tatuagens no feed do meu Instagram.

Então, durante a pandemia comecei a fazer muitas tattoos assim. Pai que tatuou o primeiro choro da filha, avó que tatuou a netinha cantando, mãe que tatuou a voz dos filhos e, infelizmente muitos que perderam pessoas próximas devido ao Covid-19 quiseram eternizar suas vozes na pele.

Mas a que mais me tocou mais, foi a história de uma mãe com câncer que estava a caminho do hospital e enviou uma mensagem de agradecimento ao filho e infelizmente chegando lá ela faleceu. Ele veio tatuar exatamente essa última mensagem recebida por ele no celular.

Essa tattoo se tornou até matéria do programa “É de casa” da TV Globo.

Que trabalho fantástico, Tchelo! A tatuagem é tão importante na vida das pessoas, que momentos como este se tornam eternos e ainda mais especiais! 

E qual foi a tattoo mais inusitada que você produziu?

Tchelo: Recentemente nos EUA tatuei uma havaiana. Foi muito legal ter sido escolhido por ela para fazer uma tattoo que representa sua cultura mesmo eu não sendo polinésio.

Quais são as tatuagens que mais procuram você para fazer?

Tchelo: Sem dúvida, fechamentos no estilo polinésio. É o que mais gosto e faço. Faço também trabalhos em blackwork mais pesados, tipo full black.

Agora conta pra gente, quais são os seus planos para o futuro?

Tchelo: Primeiramente melhorar a cada dia, me aprofundar e conhecer melhor a cultura Polinésia. Gostaria de ir até as ilhas do pacífico e ser tatuado no Tatau. Seria muito bom também aprender essa técnica e presenciar seus rituais.

“Quero expandir meu trabalho tatuando cada vez mais fora do Brasil, aproveitando assim para conhecer outros países. A tattoo tem me proporcionado isso.”

Tchelo

Tchelo: Outro ponto importante é fortalecer ainda mais nossa loja em Campinas/SP.

O Mako Tattoo Experience, atualmente conta com 11 artistas de primeiro nível e tem se tornado referência em trabalhos de qualidade no interior de São Paulo.

Tchelo

Que demais!

Tchelo, muito obrigada pela entrevista! Adoramos conhecer um pouco mais sua trajetória.

Desejamos muito sucesso em sua carreira e que você alcance todos os seus objetivos!

E você que leu até aqui, siga o artista nas redes sociais e acompanhe de perto seu trabalho:

https://www.instagram.com/_tchelao/ – Neste perfil Tchelo mostra um pouco de tudo…life style, vários estilos de tattoos, banda, etc.

https://www.instagram.com/tattoomaori/ – Aqui você vai encontrar os trabalhos voltados ao estilo Tribal Polinésio. É um perfil, onde ele tem seguidores do mundo todo!

Curtiu a entrevista? 

Então leia outras histórias inspiradoras aqui no Blog do Tattoo2me! 

Até a próxima matéria!

Nicole Ognibeni
Nicole Ognibenihttps://tattoo2me.com
Jornalista apaixonada por novos sabores, tatuagens, viagens e animais. Vem pro meu mundo: @nicole.ognibeni / blog.tattoo2me.com

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