Nós do Tattoo2me sempre nos deparamos com tatuagens incríveis de retratos da Frida e sua imagem sempre está entrelaçada com a cultura pop e o feminismo.
Nos aprofundamos, buscamos filmes, documentários, livros, significados de suas obras e seus pensamentos. E queremos contar para você um pouco do encontramos e aprendemos.
No texto abaixo, apresentamos alguns fatos, citações de pesquisadores e claro os filmes e documentários que assistimos.
A história de Frida Kahlo:
A pintora mexicana, Frida Kahlo, foi uma mulher à frente de seu tempo. Nos quadros, ela relatou seus maiores traumas e dores pessoais, transformando sua tristeza também em arte e beleza. Suas telas a levaram ao posto de ícone do surrealismo na década de 50, alcançando visibilidade ainda maior que seu marido, o muralista Diego Rivera. Frida é um exemplo perfeito de quando o artista supera suas criações, sendo ícone pop ainda na atualidade.
“Assim como os autorretratos confirmavam sua existência, as roupas faziam com que a mulher frágil, quase sempre presa à cama, se sentisse mais magnética, mais visível e mais enfaticamente presente como objeto físico no espaço. Paradoxalmente, eram uma máscara e uma moldura. Uma vez que definiam a identidade de quem as usava em termos de aparência, as roupas distraiam Frida — e o observador — da dor interior”, escreveu Herrera em Frida- a biografia.
Em sua homenagem, separamos tatuagens com suas imagens, nos mais diversos estilos e cores:
Sua vida, no entanto, não foi nada fácil, ela sofreu poliomite na infância e teve um acidente de ônibus aos 18 anos, que a deixou com sérias sequelas- tendo que usar um colete ortopédico- e acamada. Foi durante esse período de recuperação que a artista começou a pintar, utilizando as tintas de seu pai.
No entanto, nenhum destes acontecimentos foram tão intensos na vida da artista como seu relacionamento. A própria Frida resume a relação em seu diário: “Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o bonde e você. Você sem dúvida foi o pior deles.”
Se você você quer entender melhor essa história, indicamos o filme FRIDA:
No entanto, suas tragédias e limitações não a impediram de viver e ser protagonista de sua história, e que protagonista! No livro Frida- A Biografia, a biógrafa Hayden Herrera, a escritora, cita uma fala da artista que demonstra seu estado de espírito: “Por eu ser jovem”, ela disse, “o infortúnio não assumiu o caráter de tragédia: eu sentia que tinha energias suficientes para fazer qualquer coisa em vez de estudar para virar médica. E, sem prestar muita atenção, comecei a pintar”. Além de Herrera, muitos outros autores eternizaram a história da artista em livros e até ela própria em diário publicado.
“Kahlo reúne em uma só pessoa e obra vários elementos que contribuíram para que sua imagem se tornasse em mito: o exótico, o mundo subdesenvolvido como pano de fundo e o ser mulher, além de um talento plástico inegável e original”, disse à BBC Brasil a professora da Universidad Autónoma Metropolitana de Xochimilco, Eli Bartra, autora de Frida Kahlo. Mujer, ideología, arte.
Frases da Frida:
“Pés, pra que te quero, se tenho asas para voar?”
“Amuralhar o próprio sofrimento é arriscar que ele te devore desde dentro”
“Doutor, se me deixar tomar essa tequila, prometo que não vou beber no meu funeral”
“Ao fim do dia, podemos aguentar muito mais do que pensamos que podemos”
“A vida insiste em ser minha amiga, e meu objetivo meu inimigo”
“Não há nada mais bonito do que o sorriso!”
“O que não me mata, me alimenta”
“Nada é absoluto. Tudo muda, tudo se move, tudo gira, tudo voa e desaparece”
“A beleza e a feiura são uma miragem, pois os outros sempre acabam vendo nosso interior”
“Queria te dar tudo o que nunca teve, e nem assim você saberia a maravilha que é poder te querer”
Suas obras também viraram tatuagens, selecionamos algumas pra você:
“O veado ferido (El venado herido em espanhol) é uma pintura a óleo da artista mexicana Frida Kahlo criada em 1946. Também é conhecida como O Veado.
Nessa obra, Frida Kahlo compartilha sua duradoura dor física e emocional com seu público, como ela fez durante toda a sua obra criativa. Esta pintura em particular foi criada no final da vida de Kahlo, quando sua saúde estava em acentuado declínio.
Kahlo combina símbolos pré-Colombianos, budistas e cristãos para expressar seu amplo espectro de influências e crenças.”
“A coluna quebrada (La Columna Rota em espanhol) é um óleo sobre masonite da artista mexicana Frida Kahlo, pintado em 1944, logo após ela ter realizado uma cirurgia na coluna para corrigir problemas decorrentes de um grave acidente de trânsito ocorrido quando a pintora tinha dezoito anos.
O original está exposto no Museu Dolores Olmedo, em Xochimilco, na Cidade do México.
Como com muitos dos autorretratos de Kahlo, a dor e o sofrimento são o foco do trabalho, mas, ao contrário de muitos de seus outros trabalhos, que incluem papagaios, cães, macacos e outras pessoas, neste quadro Kahlo está sozinha.
Sua presença solitária em uma paisagem rachada e árida simboliza tanto o seu isolamento quanto as forças externas que têm afetado a sua vida. Como um terremoto fissura a paisagem, o acidente de Kahlo quebrou seu corpo.”
“A obra foi produzida com tela, tinta a óleo. Retrata duas Fridas, sentadas uma do lado da outra: uma de vestido num estilo europeu; a outra com uma roupa tradicional Tehuana.
As duas Fridas têm objetos em seus colos: a Frida com roupa mexicana segura um pequeno retrato de Diego Rivera, com quem Kahlo era casada, enquanto a com roupa europeia segura um fórceps. Sangue escorre sobre o vestido branco no estilo europeu, jorrando de um vaso cortado pelo fórceps. Esse vaso conecta as duas personagens do quadro, de suas mãos a seus corações. Há aqui uma alusão aos constantes procedimentos cirúrgicos pelos quais passou Kahlo, por conta de um grave acidente em sua juventude, mas também de sacrifícios astecas.”
“A obra foi produzida com tinta a óleo sobre lona. Retrata Kahlo, sentada, com um traje masculino grande demais para ela. A pintora representa-se portanto como andrógina. Diferentemente de outros autorretratos, nesta obra a pintora aparece de cabelo curto; na mão direita, segura a tesoura com a qual se desfez de seus cachos, dispersos pelo chão. Foi dito que, no quadro, Kahlo faz de mártir sua feminilidade no contexto de sua dor e solidão. A obra ainda expressa o desejo de liberdade e independência de Kahlo.
Foi notado que o quadro remete a fotografias da família de Kahlo, em que a pintora se vestia como homem.
No alto da obra, está inscrito: “Olha, se te amei foi por seu cabelo, agora que você não tem mais cabelo, não te amo mais”.
Para finalizar: Feminismo e Cultura Pop.
Sem dúvidas a Frida é uma inspiração e um história de superação.
Vale ressaltar que ela foi inserida na cultura pop e no movimento feminista posteriormente com todos os estudos feitos em cima de sua imagem e história, ela mesmo não se considerava feminista.
Alguns fatos trouxeram isso: Bissexual, ativista política, comunista, transgressora, teve romance com mulheres e homens; o mais famoso deles foi com Leon Trotsky. Foi filiada ao Partido Comunista Mexicano e participou da luta de trabalhadores mexicanos. E entrou na cultura pop pelo seu exagero na caracterização mexicana: usando roupas e acessórios coloridos, estampas tropicais, grandes argolas e brincos, guirlanda de flores na cabeça.
O que fica para nós?
Seu olhar, sua arte e amor pela vida.
Continue lendo sobre a Frida, é um universo rico:
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