O reggae longe do mar e bem perto do mato: Conheça Arthur Xará!

Você deve estar se questionando se esse título faz sentido. “Quem nunca passou um fim de tarde, com aquele pôr-do-sol maravilhoso e um bom reggae como trilha sonora, que atire a primeira pedra.”

É assim que começa o release do Arthur Xará em relação ao EP “Som de CaXu” que conta com três singles e três vídeos, esses gravados em uma cachoeira. Mas pera aí… uma cachoeira? Claro, e por que não?

A gente ficou acostumado a ver o reggae conectado à água salgada, à um belo pôr-do-sol na praia. Mas quem disse que o estilo não tem ligação com a água doce?

O Arthur é um daqueles artistas que nasce num local e se conecta com um tipo de música que pouco teria a ver com a sua origem.

Mineiro, dono de um sotaque maravilhoso e muito característico, o artista vem quebrando os tabus da vida e mostrando que quem vem do interior também pode querer viver determinadas experiências.

Já passamos da época em que o sertanejo, por exemplo, só vinha do interior. Hoje o segmento, cada vez mais consolidado, é ouvido nas principais capitais do país.

Arthur é daqueles artistas que vem para quebrar paradigmas. Você ouve a primeira vez e não quer mais parar. “Quem falou que ia dar bom pro pai? Acertou, haha, deu bão dimais” diz o refrão do single “Deu Bão”, também parte desse novo trabalho.

Mesclando gírias, beats envolventes que parecem feitos para plataformas virais, como Tik Tok, Arthur mostra que dá pra ser um pouco de cada coisa sem perder sua originalidade.

O mesmo cara que te diverte e te leva uma leveza natural em “Deu bão“, te leva a olhar para a autocobrança que muitos de nós estamos passando nesse momento conturbado de pandemia. “E tá, tá tudo bem… se não tiver afim de conversar com ninguém…” diz o refrão da música “Tá tudo bem“.

Convido vocês a conhecerem o Arthur, assistir aos vídeos deste trabalho que foram gravados na Cachoeira de Mandaguari, em Indianápolis-MG, e a segui-lo nas redes sociais e plataformas digitais.

Afinal, água doce e água salgada se misturam desde sempre e não seria o reggae, um estilo de união de tribos, que iria afastá-las.