Entre questionamento e bloqueios criativos, uma suposição não parava de pairar a minha cabeça: e se daqui para frente, no futuro, a tatuagem não fosse algo interessante nesse novo mundo, como exerceria a minha arte através dessa limitação? Não acredito que isso aconteça, mas concordo que enfrentaremos umas das maiores crises já vistas e me pergunto: Como posso me recolocar no que estão chamando de novo normal?
Um dos meus questionamentos é sobre qual vai ser o papel da tatuagem e da arte dentro do cotidiano das pessoas, ingênuo é aquele que acha que nada vai mudar. O tatuador assim como qualquer outro artista e empreendedor deve encontrar saídas para a adversidade.
Pintar, desenhar, decorar, exercer aquilo que fazemos de melhor, criar. Devemos encontrar nossos múltiplos talentos para produzir e continuar fazendo o que mais amamos. Pelas redes sociais encontrei vários profissionais colocando em promoção o seu serviço, entendo que essa pode ser uma solução de imediato, mas ela não se perpetuara para sempre, sabemos que é uma questão de estratégia de venda, colocar promoções demais pode desvalorizar o seu trabalho, então seria prudente termos um plano B.
Aos que tem facilidade com vídeo percebi que tem se aventurado em ensinar, trocar ideias, tatuadores colocando a ilustração em outras plataformas e superfícies, mas o que me da mais certeza é que devemos urgentemente sermos mais colaborativos. A colaboração é a única forma de superação a final, o bom e velho ditado “a união faz a força” tem se mostrado cada vez mais absoluto.
A economia Colaborativa dá muito pano pra manga, mas em resumo segundo o SEBRAE é:
“Movimento de concretização de uma nova percepção de mundo. Ela representa o entendimento de que, diante de problemas sociais e ambientais que se agravam cada vez mais, a divisão deve necessariamente substituir o acúmulo. Trata-se, assim, de uma força que impacta a forma como vivemos e, principalmente, fazemos negócio.”
(Fonte: https://bityli.com/qVOFc)
Portanto essa nova forma de economia incentiva a ampliarmos os horizontes e encontrarmos novos parceiros de negócio em áreas que nos complementam, essa pode ser a solução para trazer inovação aos nossos serviços e espaços. Compartilhar é a saída e gostaria de saber como os tatuadores irão renovar o seu negócio daqui por diante e quais maneira criativas escolheremos para superar a crise.