Se tem uma coisa que todo tatuador e body piercer deve saber é sobre biossegurança. E cada estúdio deve seguir as normas da vigilância sanitária para funcionar direitinho, não é?
Nesse momento delicado de pandemia que estamos atravessando, não pude deixar de pensar sobre como será daqui pra frente, no pós pandemia, principalmente em relação ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI) nos atendimentos.
A aplicação de tatuagem e piercing consiste na pigmentação e perfuração da pele, ou seja, rompe barreiras naturais e traz riscos biológicos para o cliente e para o profissional.
Portanto, os EPI’s descartáveis, que já estamos acostumados a usar nos estúdios, são grandes aliados à saúde, pois podem proteger contra esses e outros riscos, como a transmissão do COVID 19. São, basicamente, eles: luvas, máscaras de proteção e avental.
Mas além desses equipamentos, à partir de agora, no pós pandemia, teremos que redobrar os cuidados adicionando ainda mais proteção, tanto para os tatuadores quanto para os clientes, como o uso de máscaras “bico de pato” como por exemplo do tipo P2, máscaras de escudo facial, que são peças de acrílico que protegem o rosto todo e devem ser utilizadas por cima dos outros equipamentos, propés, toucas e óculos.
A máscara de escudo facial é uma barreira física contra eventuais gotículas de secreções que possam ir dos clientes para os profissionais. Elas também impedem que os profissionais levem a mão ao rosto, dificultando a possibilidade de contaminação.
Além de toda essa parafernália, ainda tem os propés, que não são muito populares em estúdios de tattoo, porém são eficazes na hora de barrar a sujeira que vem da rua pelos sapatos e que também podem trazer o Coronavírus pra dentro das salas. Esse equipamento pode ser oferecido para o cliente ao entrar no estúdio, que já deve ser orientado a vir sozinho e utilizando máscara, sem retirá-la até o término da sessão.
Outro fator importante é saber retirar corretamente os EPI’s após cada sessão. Constatou-se que na China e Itália, maiores epicentros da pandemia até então, os maiores casos de contaminação em profissionais de saúde ocorreram na hora da retirada dos equipamentos contaminados, aumentando drasticamente o numero de profissionais infectados. Na internet, encontramos inúmeros vídeos explicativos como este, de como realizar esse procedimento da forma mais segura.
Mas como adicionar tudo isso dentro do orçamento? Em uma breve pesquisa, notei que só valor das máscaras descartáveis, após o inicio da pandemia, tiveram um aumento de até 4.000%, assim como as luvas e aventais que também sofreram aumento significativo nos preços. Visto isso e sabendo que esses equipamentos serão praticamente todos obrigatórios, é inevitável pensar em como todo esses novos protocolos afetarão no orçamento de cada estúdio, e por consequência, no valor final das sessões. Teremos que nos reinventar mais uma vez e pensar em soluções criativas para driblar esses e outros contratempos que ainda estão por vir.
https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid