Leandro Cinico é um artista que acompanhamos há algum tempo. Suas artes são cativas no Drawing2me, nosso perfil no Instagram dedicado à desenhos, artes digitais, artes como um todo. E, também, há algum tempo queremos saber mais sobre sua história e seu trabalho, que é único!
Tivemos o prazer de acompanhar a evolução de Leandro e seu voo recente para a tatuagem. Cinico é um artista completo: grafiteiro, tatuador, pintor e peça-chave na arte de rua de Curitiba, no Paraná.
“Desenho desde criança. Em 1997, comecei a pintar. Faço parte do grupo dos precursores do graffiti curitibano. Sou um dos artistas integrantes do Projeto Motion Layers, responsável pela pintura Ray Charles no centro de Curitiba.
Hoje me dedico especialmente a pintura e a tatuagem. Agora no início de 2019 vai fazer dois anos que estou tatuando. Mas já são mais de 20 anos na atividade e ainda estou percorrendo um caminho, e me encontrando. Comecei pixando muro, fui para o graffiti, depois stencil, pintei quadros e ainda quero chegar mais longe! Para mim, a tatuagem ainda é algo muito recente e tenho muito o que aprender.”
MUROS, RUA, TELAS, CORPOS…
Leandro afirma que tudo é um processo de amadurecimento e evolução pessoal e artística e que ele não é o tipo de pessoa que fica parado na mesma, sempre está aprendendo coisas novas e dessa forma as coisas foram acontecendo. Vir do Design e do Graffiti com uma certa bagagem contou em cada projeto.
“Minha arte é minha vida, cada trabalho tem uma parte mim. É o que eu mais gosto fazer.”
Tendo a rua, o graffiti e suas raízes como inspirações, Cinico afirma que a parte mais difícil para um artista é ter uma criação forte e completamente autoral.
“Foi um processo lento que vem desde o meu início no graffiti e foi evoluindo para chegar onde chegou, e acredito que ainda vai mudar de acordo com minha evolução pessoal e artística.
Eu gosto muitos de trabalhar com cores. Minha paleta vem do meu trabalho nas ruas, especificamente de um personagem que desenvolvi (um pássaro). São 10 cores, no total.
Em 2004, comecei a fazer stencil. Gosto de fazer stencil, acredito que não seja uma técnica extraordinária, mas tento fazer com que seja. Busco algo que seja meu e quanto mais complexo for o stencil, melhor.
Comecei a acrescentar as cores do pássaro em meus stencils e fui criando a minha identidade. Logo quando ingressei na tatuagem, quis aplicar parte do meu trabalho das ruas na pele, buscando um trabalho mais autoral. Fiz um estudo de composição e reduzi para 5 cores que venho utilizando em meus trabalhos.
Particularmente, gosto muito de um dos meus trabalhos mais recentes que é uma girafa. Ele diz muito sobre meu trabalho ‘das ruas para a tattoo’.”
“Quem me inspira no grafitti, primeiramente, são Os Gêmeos, que fazem parte do patrimônio do graffiti nacional, Banksy e outros artistas do Hip- hop também. Da tattoo tenho gostado de uma artista que conheci a pouco tempo, Carolina Caos, que tem um trabalho magnifico, Kofi Deuxmille, Artem Korobov que tive o grande prazer de conhecê-lo em sua passagem pela Teix.
Estes, em especial, são grandes artistas para mim.”
A TATUAGEM
Graças à um grande amigo, Leandro começou a se aventurar na tatuagem. A cidade de Curitiba é um cenário incrível da tatuagem no país, tornando o processo ainda mais especial.
“No início de 2017, comecei a tatuar sob orientação do Marco Teixeira (Teix).
Comecei a tatuar graças a um amigo José (Zé), que sempre gostou do meu trabalho e por incentivo dele comecei a tatuar. Ele chegou um dia em mim e falou “pô, bem que vc poderia fazer uma tattoo de um desenho seu em mim”. A partir daí, comprei minha primeira máquina e por aí foi.
Valeu Zé!
Sou grato a muitas pessoas que fazem e fizeram parte da minha vida, que acreditaram meu potencial e foram voluntários dos meus primeiros trabalhos. São tantos que não daria para citar cada um, mas em especial os que tem os meus primeiros trabalhos de tattoo.”
“Foi a melhor coisa que fiz da minha vida, eu realmente me encontrei como artista e pessoa. Atualmente é o que eu mais gosto de fazer.”
Cinico descreve como incrível a experiência de tatuar na pele das pessoas um de seus desenhos. Mas admite que a arte tem suas dificuldades.
“Eu acho que todo o processo da tatuagem é difícil, desde o desenvolvimento a execução pois estamos falando de uma tatuagem algo que o cliente levará pelo resto da vida em sua pele. Algo que deve ser feito com muito carinho, paciência e dedicação é desta forma que eu penso e executo.
Toda forma de expressão tem a sua dificuldade. Eu acho que o stencil para mim é mais fácil, mais essa facilidade me incomoda, então tento sempre dificultar e deixar minhas peças mais complexas, assim vou entendendo melhor o processo amadurecendo e evoluindo em todo o processo de desenvolvimento e execução.
Sou extremamente metódico e perfeccionista com meu trabalho, tenho
todo um processo de organização e execução, mas cada trabalho é um novo desafio, e cada desafio um novo aprendizado.”
PROJETO MOTION LAYERS
Por ser uma modalidade de arte urbana de grandes dimensões, as obras do Motion Layers cumprem uma importante função social de fomentar acesso aos bens culturais em espaços públicos. Seu objetivo é abrir espaço para interação com a escala da própria cidade, proporcionar valorização estética ao transformar imagens urbanas em verdadeiras obras de arte, dando mais vida ao seu entorno.
“Eu, Leandro Lesak, aka Cinico, Celestino Dimas, Eduardo Melo, aka Artstenciva, artistas reconhecidos no circuito cultural contemporâneo da capital paranaense que desenvolvem o projeto, apresentando o cinema como forte influência e o stencil como principal meio gráfico de produção.”
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