Período marcante para a maioria das pessoas, algumas têm marcado na pele, com o intuito de relembrar esse marco na história
Sabemos que a pandemia já marcou a história da humanidade, e com isso, muitas pessoas têm marcado isso na pele. Assim como um título de um time do coração, em que os torcedores tatuam o momento para relembrar, as pessoas têm feito tatuagens temáticas a respeito desse momento tão único na história.
Praticamente, todas as tatuagens trazem um significado para quem tatua – alguns marcam o nome dos pais, por serem pessoas importantes em sua vida, outros se mudam para viver um sonho e marcam no corpo o local onde compram uma casa à venda, ou alguma frase de música que significou muito. Enfim, as opções são gigantescas, e agora o tema pandemia também trouxe um marco a ponto de ser lembrado.
Ressignificando o momento de pandemia
Embora muitas pessoas quisessem deixar o ano de 2020 para trás, na contramão disso, algumas acharam uma oportunidade de transformar algo que se tornou extremamente ruim em um período leve. Alguns tatuam desenhos como o Homer Simpson, do desenho Os Simpsons, com máscara e se distanciando das pessoas, Salvador Dalí com sua própria máscara de proteção, além de referências à Peste Negra, a maior pandemia já enfrentada pela humanidade.
Pandemia é foi o tema majoritário em alguns estúdios
Quando o tema é pandemia, as tatuagens são impactantes não só para quem recebe a marca na pele, mas para os tatuadores também. Segundo uma entrevista ao Jornal New York Times, dos Estados Unidos, o tatuador Jonathan Valena afirmou que 90% das pessoas que solicitam tatuagens buscam o tema da pandemia.
Segundo Jonathan, houve uma demanda muito grande de desenhos a respeito da pandemia, e para ele, isso é um processo terapêutico, pois muitas pessoas iam até o local para contar suas histórias a respeito da Covid-19. “Eles me contam suas histórias, e eu estou lá para ouvir”, disse.
Superação à flor da pele
Dentre as histórias contadas, uma foi bem marcante, como a história de Rachael Sunshine, de 44 anos, que sofre de uma doença degenerativa dos nervos, e sobreviveu à pandemia, correndo risco de morte duas vezes. A primeira foi após ser infectada pelo vírus, e a outra foi por uma cirurgia no coração, que foi realizada para resgatar o órgão, muito atingido pela doença.
Rachael realizou a tatuagem no dia 26 de maio de 2021, quando decidiu marcar na pele um coração rodeado das proteínas do vírus da Covid, símbolo do grupo de sobreviventes da doença. Ao ser perguntada pela motivação do desenho, ela afirmou com orgulho: “Eu ainda estou lutando contra isso, então este é meu distintivo de guerreira. Quando as pessoas daqui a 10 anos falarem sobre a Covid, eu direi: ‘eu a venci’”.