Natural de Dourados, no Mato Grosso do Sul, George Lange tem 26 anos e há quase 8 é tatuador. O artista se especializou no Realismo em Preto e Cinza ao longo dos anos e, atualmente, aprimora suas técnicas nos Estados Unidos.
Nesse bate papo com George, iremos falar sobre seu estilo de trabalho, criação de cada arte, a relação com seus clientes e sua ida para os Estados Unidos.
“Desde o ano passado e este ano também, está sendo como um ano sabático: eu tirei para participar de algumas convenções de tatuagem, para fazer meu nome ao redor do mundo, como em Londres, Portugal, Estados Unidos e desejo ir para à Espanha, Itália e Japão logo mais. Desejo conhecer outros tatuadores, conversar, compartilhar conhecimentos, fazer bons amigos e, com certeza, melhorar meu inglês.
Ano passado, até, tive o prazer de ganhar uma convenção de tattoo nos Estados Unidos, como a melhor tattoo do evento, o que realmente significou muito pra mim!”
Antes disso, George Lange passou uma temporada em Porto Alegre, onde conheceu o também tatuador e seu mentor, Tony Vilella.
“Eu fiz todos os tipos de tatuagens até 2015. Mas finalmente encontrei meu próprio estilo. Procurando melhores oportunidades, eu e minha esposa, nos mudamos para Porto Alegre. Lá, conheci meu mentor, o Tony Vilella. Ele é um grande amigo e eu aprendi com ele muito do que sei. Com todos os conselhos e orientações de Tony, comecei a tentar novas idéias e desenvolvi minhas habilidades no estilo Preto e Cinza, e fiz isso em alguns amigos, dando-lhes tatuagens grátis por um ano. Tony me deu muitas dicas e técnicas e ele foi essencial para o meu desenvolvimento. Sou grato por todo o conhecimento que ganhei dele e de todos os amigos que fiz ao longo do tempo.”
Hoje, o artista define seu estilo de trabalho como Realismo em Preto e Cinza suave, com bastante contraste. E utiliza sombras suaves, poucas linhas, trabalha a profundidade e gosta de usar e trabalhar em várias texturas. Ele conta como acontece a grande mágica!
“O que gosto na tatuagem é como posso ser criativo, usar minhas idéias e transferi-las para projetos! Normalmente, o cliente me passas as ideais para a tatuagem e eu crio os projetos baseado no que o cliente pede, tento criar projetos originais, escolhendo elementos, tento ser criativo, como se trata de Realismo normalmente uso fotos com boa resolução nos meus projetos. Não sou adapto a cópias ou plágio, posso usar alguma tatuagem como referência, mas dou meu próprio toque, faço a minha releitura.
Faço esses projetos e envio ao cliente no dia que antecede a tatuagem para aprovação ou alteração, eles costumam me dar liberdade criativa e são bem tranquilos, em quase 100% dos casos acerto de primeiro o design.
Agora, a questão das cópias é uma situação muito recorrente, comum. Eu tento ao máximo explicar que isso não é legal, ao menos no meu ponto de vista. Tem quem goste de ter a mesma tatuagem que outra pessoa, mas eu prefiro criar minhas próprias versões. Na verdade, quando o cliente vem com aquela ideia muito fixa e não é flexível para conversar ou fazermos alguns ajustes e dar aquele toque pessoal, eu, normalmente, passo para outro tatuador, pois eu gosto de estar confortável com o design e com os clientes, mas lido de forma tranquila. Cada um é cada um, e eu respeito, apenas não compactuo em usar ou fazer o mesmo design que outro artista levou tempo para fazer e criar.”
George Lange compartilha sua experiência com outros artistas e dá dicas:
“Quando comecei a tatuar, eu fazia todos os tipos de tatuagens, como linhas finas, cores, tribais, maori, polinésia, tatuagens orientais, etc. Mas eu não era muito bom com elas até que decidi ficar com Preto e Cinza. Eu fiquei com ele e comecei a ficar muito bom nisso. Eu gosto de tatuagens coloridas, mas sei que esse estilo não é para mim. Eu sou bom com Preto e Cinza, vou trabalhar com ele e fazer o melhor que puder. Faça tatuagem com amor. Ser artista é gratificante!”
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