Coletivo Máfia Clan Tattoo

Conheça a iniciativa curitibana que tem foco na troca de experiências entre os profissionais.

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Essa semana, vamos falar — com muito prazer — sobre um coletivo de tatuadores, o Máfia Clan Tattoo. Conhecíamos o trabalho individual de cada artista e tivemos a honra de esbarrar com eles, esse ano, na Incorpore Art Curitiba. Esbarrar, não, correr atrás deles. Explico: eles estavam com um mega stand na convenção, e quando nos demos conta, só tinha tatuador fera. Eles eram muitos. E ficamos perdidos com quem falar primeiro.

Fomos super bem recebidos no stand pelo Boi, que fez as honras da casa e nos apresentou seus parceiros de coletividade. O tempo foi curto, mas conseguimos trocar algumas palavrinhas com eles e conhecer um pouco da história do Máfia. O coletivo é formado há dois anos por tatuadores de CWB — Curitiba:

“O Máfia foi concebido a partir de um Flash Day que aconteceu no estúdio Tattooa, onde vários tatuadores que já eram amigos estavam participando. Ali vimos que, se nos uníssemos, poderíamos fazer várias coisas juntos que beneficiariam a todos. No grupo, há uma troca de ideias permanente, a crítica está sempre presente nas nossas conversas e isso ajuda na evolução de cada membro.”

Chris Santos, Rito, Tiago Oliveira e Neto Lobo.

Quem é o Máfia Clan Tattoo?

O Máfia é formado atualmente por 13 tatuadores. Eles são de diferentes estilos e — o mais importante — de diferentes estúdios de tatuagem. O coletivo conta com o traço de:

André Boi, Alam Vinicius, Neto Lobo, Samme Antunes, Fábio Damaso, Tiago Oliveira, Jhonny Yamagushi, Chris Santos, Thais Leite, Fidel Teles, Kxe, Rito e Gabriel Lopes.

“No grupo temos tatuadores com habilidades específicas de vários estilos, e é comum acontecer indicações entre o membros quando aparece um cliente querendo um trabalho que não se encaixa no estilo do tatuador procurado.”

Alam Vinicius, Kxe e Fábio Damaso.

Não! O Máfia não é um estúdio de tatuagem como muita gente pensa. Pelo contrário, eles fazem parte de vários estúdios. Tem tatuador do Tattooa, Art Pura, Calavera, Laia e Black Iron. Para todos os gostos.

“Com o tempo percebemos que fazer as coisas juntos é muito mais fácil, dividir os custos entre os membros nos permite participar de eventos de forma mais significativa, mas o principal é fortalecer o vínculo de amizade e tentar nos diferenciar do estigma de que tatuador é uma classe desunida e que todos se veem como concorrentes.”

E o Flash Day que parou a cena da tattoo em CWB foi organização do próprio Máfia. Todo o valor arrecadado com tatuagens foi doado para a ONG Reviva. Quer dizer, toda tattoo já carrega uma história, um significado. Imagina uma tattoo que além disso, ainda te deu a chance de ajudar com a compra de mantimentos e na realização de um centro de fisioterapia para pessoas assistidas. Legal demais, não é?

Fidel Teles, Gabriel Lopes e André Boi.

A organização do coletivo foi super bem aceita e, na verdade, as pessoas consideram o Máfia como um selo de qualidade para os tatuadores.

“Os outros estúdios tiveram opiniões divididas. Na primeira convenção que participamos, muitos tatuadores vieram conversar e parabenizar pela iniciativa, dizendo que gostariam de ter algo assim nas suas respectivas cidades. Outros veem com desconfiança, mas estamos abertos pra trocar ideia com qualquer pessoa que queira se aproximar.”

“A intenção sempre foi de união, quanto mais gente estiver ao nosso lado, mais troca de ideias e mais evolução para todo mundo.”

A Máfia Clan segue participando de eventos e aceitando diversos convites para estar em convenções pelo país afora. Em 2015, realizaram um Flash Day onde a renda também foi dedicada à ajuda de abrigos de animais. E eles avisam: vem mais por aí!

Samme Antunes, Thais Leite e Jhonny Yamagushi.

Para nós, do Tattoo2me, é uma honra poder falar de artistas que somos fãs e descobrir que eles têm muito mais a dividir conosco. Somos contemplados por suas artes, suas falas e suas posturas. Parafraseando o coletivo: precisamos acabar com essa história de que somos desunidos, concorrentes.

Exemplos como do Máfia Clan Tattoo nos dá fôlego para seguirmos. Juntos. Esperamos que o coletivo tenha uma — ou bem mais de uma — vida longa!


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Fernanda Moraes
Fernanda Moraeshttps://blog.tattoo2me.com
Editora no Tattoo2me Magazine. Mãe do Zion e Jornalista, às vezes. Cultura Periférica, Indústria Cultural e Tatuagem.

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