Nathália Corrêa é uma daquelas artistas com gigantesco potencial artístico. A artista, carioca, desenha desde a infância e em 2009, preocupada com seu futuro profissional, pensou que poderia juntar o útil ao agradável: decidiu, então, buscar algo que pudesse aprimorar seus desenhos. Como o conteúdo para tatuagem, na época, ainda era escasso, foi buscar em estúdios de seu bairro o aprendizado.
E não parou mais: saiu de sua cidade e se apaixonou por Belo Horizonte, onde tatua atualmente em um dos maiores estúdios da cidade mineira.
“Ainda no Rio, conheci o Tuninho Silva e me tornei aprendiz dele, acompanhando sua carreira em diversos estúdios e convenções, além de ter tido a oportunidade de aprender um pouquinho sobre tudo de tattoo, desde soldar agulhas…
Em 2011, entrei na faculdade de Gravura na UFRJ e dei uma estagnada na tattoo para me dedicar mais à práticas artísticas. Então, em 2014, já no finalzinho da graduação voltei a estudar tatuagem, mas demorei um pouquinho pra me atualizar porque nesse espaço de tempo rolaram muitas mudanças de técnicas e materiais.”
A artista conta que, voltando a tatuar, em 2015, passou por diversos estúdios no Rio de Janeiro, estava se dedicando, estudando e viajando para fazer guests, ou seja, atendendo clientes em outras cidades pelo Brasil, por períodos curtos de tempo. Foi quando se apaixonou por Minas Gerais e se mudou para Belo Horizonte.
“Minha mudança para BH foi muito marcante pois foi o lugar em que eu consegui me desenvolver melhor profissionalmente. Hoje, meu trabalho é autoral e passeia por diversas técnicas e desdobramentos de vários estilos.”
AUTORIDADE NO ASSUNTO
Além de tatuadora, Nathália também é uma ilustradora de mão cheia. Seu estilo, completamente, autoral é carregado de cores e consegue transmitir e interpretar sentimentos e personalidade de seu público para a tatuagem. O que resulta em trabalhos únicos.
“A criação começa com as informações que peço ao cliente, gosto que as pessoas me contem um pouco sobre elas e faço pesquisas sobre o tema proposto, que incluem referências de imagens, músicas ou textos.
Com isso, faço alguns estudos com esboços até chegar à versão final, que ainda pode ter algumas alterações caso o cliente deseje.
Quando a tatuagem é inspirada por músicas, fico escutando a música ou a banda o tempo todo durante desenho, mas não tem uma fórmula porque o processo criativo muda muito com o tempo de acordo com o que vou estudando e aprendendo. Faço bastante colorido, pontilhismo e gosto de descobrir novas aplicações de texturas. Tento reproduzir o que eu gosto de produzir na ilustração dentro da tatuagem, e tenho muitas referências da Gravura também, tudo que aprendo cria uma bagagem criativa pra desenvolver coisas novas.”
Artista residente da Godarc Tattoo & Galeria, em Belo Horizonte, Nathália afirma que se sente muito inspirada pelas pessoas que conhecem e pelas histórias de força e superação que carregam.
“Desde família, amigos e clientes… cada um me inspira de alguma forma pra que eu possa me desenvolver e me desconstruir pra me tornar uma pessoa melhor. Além disso, trabalho num estúdio cheio de mulheres sensacionais com ideais brilhantes que fazem parte disso tudo!”
Das histórias que ouviu e registrou, Nathália dá destaque:
“Já tatuei muitas histórias lindas! Em 2017, tatuei uma das mulheres que costumo desenhar com uma pegada mágica da natureza na Thaís (Foto1)e nós conversamos bastante, ela estava passando por um momento bem difícil de depressão e passou por muitas dificuldades, chegando a considerar suicídio.
Ela chegou a tatuar comigo outras vezes e logo depois soube que estava grávida, o que trouxe uma reviravolta na vida dela pra melhor, porque o Mathias com certeza nasceu trazendo muita luz pra ela! No final de 2018, fiz uma tattoo nela que me emocionou demais, em homenagem ao nascimento dele e foi lindo demais ver a transformação dela como mulher.
Eu também tenho depressão e ansiedade, muitas clientes minhas passam por isso e poder fazer parte com a tatuagem e vendo a melhora delas me deixa extremamente realizada e esperançosa! Cada uma tem uma trajetória diferente mas todas passamos por problemas comuns e ter essa abertura de conversa vai nos fortalecendo mais. Um outro momento que me marcou muito foi o primeiro fechamento de braço que fiz que é todo preenchido com galáxia (Foto 2), uma das minhas marcas e um dos maiores desafios, mas que amei ter feito e ainda tive a sorte de ter um cliente muito bacana!”
GALÁXIA OU… DOS CÉUS
Falamos de cores, mas se até agora você não ficou curioso para saber mais sobre as personagens femininas da Nathália ou até mesmo sobre os efeitos galáxias de suas tatuagens, tem algo de muuuuito errado!
A artista conta que gosta de testar diferentes tipos de acabamentos e muitas coisas vão surgindo por conta dos estudos que faz.
“Atualmente, minhas paletas de cores remetem às galáxias por ser algo que amo e faço com bastante frequência, sou fascinada por fenômenos da natureza, sonho demais em ver uma Aurora Boreal e tatuo universos porque vejo como algo que é diretamente conectado com a gente e ao mesmo tempo envolve tantos mistérios criando uma beleza infinita. Eu estudo bastante sobre aplicação dos pigmentos, uso materiais de qualidade e observo muitas referências fotográficas do espaço, que é algo que eu já amava fazer antes, pra saber como as cores se comportam diante dos nossos olhos.”
E ainda dos céus, Nathália conta sobre suas influências em desenhar e tatuar rostos femininos:
“Eu tenho uma influência muuuiito grande da revista W.I.T.C.H, quem lembra? Hahaha!
Ela foi criada pela Elisabetta Gnone, Alessandro Barbucci e Barbara Canepa, com um mundo mágico incrível e eu ficava desenhando as personagens quando era criança. Com o tempo fui acumulando todas as minhas referências visuais e foram saindo desenhos que mesclam elementos místicos e mágicos, que são universos que eu amo!
Tenho vários livros sobre fadas e duendes!
Então fui adaptando, toda mulher é meio bruxa e conectada com a lua, tento representar essa reconexão da nossa energia feminina com a natureza de uma forma mais atual com vários desdobramentos.”
A artista pensa muito em transmitir mensagens que ajudem pessoas de alguma forma e enxerga a tatuagem como algo que vai além:
“Vejo que a tatuagem também é um processo de cura e autoconhecimento, pode melhorar a autoestima, confiança e reforçar a beleza da individualidade.
Junto com as meninas que trabalho também usamos da nossa visibilidade para contribuir positivamente em causas sociais como abandono animal, assédio/violência contra a mulher e outras minorias, além da nossa preocupação com sustentabilidade, porque, além de tudo, a arte também é ferramenta de comunicação e mudança.”
Para conhecer mais sobre o trabalho da artista, acesse:
E para agendar a sua tatuagem, acesse o formulário abaixo:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd87JF8dif_6QKueDNTzSV3L3RaDJmFRS8nELMcohxKu0KlKw/
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