O Tattoo2me já é uma família! Isso mesmo, o Tattoo2me tem lá suas crias… Alguém já esbarrou com eles por aí? Se quer tatuagem, nós temos. Quer desenho? Te apresentamos o Drawing2me. E piercing? Nossa cria mais nova é o Piercing2me!
Ele ainda está dando seus primeiros passos, é verdade. Mas fomos arrebatados por dúvidas e comentários sobre piercings e o queridinho da vez: o piercing microdermal.
Já que aqui tudo é construído coletivamente, fomos conversar com o nosso parceiro Rafa Piercer, body piercer do Estúdio Neto Tattoo de Porto Alegre, para sabermos mais sobre cuidados, técnicas e aplicações.
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A história do piercing é como a da tattoo: eram usados por raças ancestrais de todo o planeta para expressar alguma vivência pessoal, registrar ritos sagrados ou status na sociedade em que viviam. Isso mais ou menos 5 mil anos atrás. Próximo dos nossos dias, o piercing chegou com tudo na década de 70, onde era usado como adereço por artistas no meio alternativo da moda londrina. E vinte anos depois, na década de 90, os piercings sofreram um boom e acabaram se tornando moda entre os mais jovens.
Podemos ser um pouco mais específicos e pegarmos como exemplo os últimos 15 anos: piercing no umbigo, musas de programas dominicais. Piercing na língua e a falta de coragem de muitos. Piercing no nariz, na sobrancelha… Foram anos agitados, hehehe.
E parece que o piercing sofreu uma evolução meio que natural: microdermal. Rafa Piercer nos explicou que “microdermal anchor ou microdermal âncora é um implante subcutâneo no qual é feita somente uma perfuração de entrada. Os piercings tradicionais são com perfurações de entrada e saída. O microdermal, normalmente, é realizado com um instrumento chamado punch, que também é usado para serem feitas biópsias.”
Por conta de só ter uma perfuração de entrada, o microdermal cicatriza mais rápido que os piercings tradicionais. Estamos certos, Rafa? “Sim. Um tradicional leva em torno de 6 meses para cicatrizar completamente, enquanto o microdermal cicatriza em aproximadamente 3 meses.”
Técnicas e Contraindicações
As dúvidas ainda são muitas, e Rafa nos explica a técnica que ele próprio usa em suas perfurações: “Bom, a técnica que eu uso, e a que eu sou mais a favor também que usem, é a com o Punch. Fazemos uma pequena remoção na pele para a aplicação do microdermal âncora. Existem outras formas de aplicar o microdermal: com uma agulha (cateter ou agulha americana) e também com o uso de bisturis. Mas são técnicas que eu acho agressivas demais para uma aplicação. Já para a perfuração de piercings tradicionais, eu uso agulha americana e cateter, com a técnica em freehand dependendo da perfuração. Eu trabalho com material 100% estéril. Uso luva cirúrgica estéril — e não aquela da caixinha — e gaze, também estéril. Além da barreira esterilizada, máscara, avental e clorexidina para assepsia.”
O body piercer nos explicou que qualquer parte do corpo pode ser adornada com um piercing, seja o piercing tradicional ou o microdermal, mas nem todo mundo pode se arriscar a fazer uma perfuração: maiores de 18 anos, sempre!
“Outra situação é quando o cliente quer fazer um piercing em uma cicatriz ou em manchas desconhecidas. Nestes casos, costumo pedir para o cliente procurar um dermatologista para se informar melhor. Clientes com diabetes também merecem atenção. No mais, cuidando direitinho conforme o profissional recomendou, não existe problema.” Está liberado, galera!
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Curiosidades e Cuidados
Sempre rola aquela curiosidade sobre dor, sobre piercings na região dos mamilos ou das genitálias. Pois então, o especialista nos ajudou sobre algumas questões.
“Essa questão é legal. Os procedimentos íntimos devem ser feitos sempre com algum acompanhante do cliente. Importante ressaltar que os procedimentos devem ser feitos por profissionais experientes para evitar transtornos futuros. E procurar por profissionais que utilizem materiais esterilizados.”
E a dor, Rafa? Existe local que doi mais que outros? Ele responde: “qualquer perfuração vai doer. Nada que seja insuportável. Sou contra o uso de qualquer tipo de anestesia para perfurações de piercing. Não sou anestesista!”
O body piercer também nos deu a dica do que fazer no caso do piercing sofrer alguma reação. “Sempre recomendo procurar o profissional que fez a perfuração. Eu recomendo compressa de salmoura uma vez ao dia, por dez minutos. Manter a higiene com soro fisiológico e sabão neutro líquido, e quanto menos mexer no piercing, melhor!”
É sempre importante que se procure profissionais habilitados e que sigam as normas da Anvisa. Não podemos esquecer que qualquer modificação corporal é saúde também!
Rafa Piercer tem 29 anos e trabalha há 5 como body piercer. Atualmente, ele faz parte do Estúdio Neto Tattoo e Body Piercing. Para conhecer um pouco mais do trabalho do artista, visite seu Instagram e seu Facebook.
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