Considerado o primeiro tatuador profissional a estabelecer uma loja na Inglaterra, em 1894, o britânico Sutherland MacDonald já realizava trabalhos refinados que, ainda hoje, seriam considerados atuais pela qualidade artística de suas tatuagens. Além da beleza estética, as linhas finas e o preto e cinza (por falta de uma paleta de cores na época) também eram uma das grandes características do seu trabalho. O uso do termo “fineline” e “black’n gray”, ou Preto e Cinza, só aconteceria cerca de 8 décadas depois, mas à ele também é atribuído a inclusão das cores azul e verde na tatuagem.
Por ter servido o exército britânico em plena Era Vitoriana, seu trabalho era requisitado por pessoas da alta sociedade incluindo nobres e membros da realeza.
Inicialmente, usava ferramentas manuais na execução de seus trabalhos, mas em 1894 teve a patente aprovada para sua versão da maquina de tatuar elétrica, porém, para sombreamentos e trabalhos mais pesados, MacDonald ainda usava ferramentas japonesas segundo um artigo escrito por Gambier Bolton para a revista Strand Magazine, em 1897.
Em meados dos anos 70, nomes como Freddy Negrete, Jack Rudy e Mark Mahoney seriam responsáveis não só pela popularização das nomenclaturas como também pelo aperfeiçoamento das técnicas usadas no processo criativo, introduzindo o uso da “single needle” na execução de seus trabalhos.
A ligação do estilo às tatuagens de gangues da Costa Oeste nos EUA era bem evidente na época, mas graças ao refinamento dos nomes já citados anteriormente e a contribuição de nomes como os de Mister Cartoon e Chuco Moreno por exemplo, o estilo alcançaria o “hall da fama”, circulando entre grandes personalidades do cinema, da música e dos esportes.
Atualmente, o termo “fineline” também é usado para definir tatuagens mais delicadas, mas não é necessariamente um estilo por si só e sim uma característica ou um recurso que pode ser usado em estilos diferentes. Sua ligação com o estilo iniciado na Costa Oeste dos EUA ainda segue firme.
O termo “black’n gray”, ou prteo e cinza, apesar de ter um leque imenso no emprego da nomenclatura, as características associadas aos nomes aqui listados e muitos outros que vieram nas décadas posteriores, também são preservados pelos adeptos do estilo.
Referências:
•LA Originals (Estevan Oriol, 2020);
•Tattoo Nation (Eric Schwartz, 2013);
•https://instagram.com/freddy_negrete?igshid=1gg81paonkk7w
•https://instagram.com/markmahoney_ssc?igshid=i8bog5xf59g2
•https://instagram.com/j_rudy_gtc?igshid=591fk1wfpjfh
•https://instagram.com/misterctoons?igshid=1glr9my2c3ded
•https://instagram.com/chucomoreno95237?igshid=kp7a5tm125lg
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