Antes de tudo, gostaria de iniciar este texto falando sobre o que é arte. A arte está muito relacionada com sensações e emoções de cada pessoa. Ela pode ser expressa tanto em pinturas e esculturas, quanto em dança, no cinema, em música e textos.
Temos uma linha do tempo que pode nos orientar sobre cada Escola Literária que passamos ao longo dos anos:
Trovadorismo – Aconteceu na Idade Média, séc XI. Baseou-se na literatura e na poesia;
Humanismo – Retratava o homem como centro do mundo sendo valorizado. É uma Escola que falava de religiosidade, mas focava na maior criação de Deus: a humanidade;
Classicismo – Causou uma reflexão na sociedade como um todo. Valorização da cultura greco-romana. Época de Sheakspeare se destaca na poesia lírica e no teatro;
Quinhentismo – São as cartas, crônicas e sermões da época de 1500, quando os portugueses se depararam com o Brasil;
Barroco – A recuperação da fé foi buscada por muitos artistas nesta Escola Literária, é muito comum encontrarmos imagens de esculturas cristãs desta época;
Arcadismo – Conexão do homem à natureza usando referências a respeito dela. Resgate da antiguidade clássica;
Romantismo – Valorização do romantismo e dos sentimentos, tanto amor quanto o sofrimento. Aumenta nesta época a liberdade de criar e de se conectar à fantasia;
Realismo – Movimento que critica o capitalismo e a valorização do dinheiro de forma extrema. Fala muito sobre o meio que o homem vive e que o meio afeta o indivíduo;
Naturalismo – Surgiu na época do Realismo, acredita que o homem faz parte do meio em que vive, porém a natureza se modifica de acordo com os incentivos que recebe. Retrata a comunidade pobre, o contrario do Realismo, retratando a comunidade rica;
Parnasianismo –É uma contradição ao romantismo. Retrata a realidade de forma mais dura, sem enfeites. O autor analisa de forma imparcial e deixa de lado a emoção;
Simbolismo – Busca uma série de conceitos sociais, tais como a fé, a religião e crenças. Rebusca valores românticos, é lúdico, musicalidade com rimas ricas, busca a essência do ser humano;
Pré-Modernismo – Pode-se reconhecer uma tendência à quebra de padrões, porém os autores ainda encontram-se neste movimento muito engessados. É uma Escola que fica entre o conservadorismo e a renovação;
Modernismo – É a Escola com maior característica visível em seus acontecimentos. O Modernismo deu liberdade de criação aos artistas com um novo conceito artístico, tanto na música quanto nas artes plásticas e literatura. Era uma quebra dos padrões tradicionalistas para que arte seja liberdade de expressão;
Tendências Contemporâneas (Pós Modernismo) – Após 30 anos do fim da Ditadura Militar, o Movimento do Pós-Modernismo invadiu nosso cotidiano, trazendo críticas políticas e sociais por meio da arte. Vemos isso em músicas, textos tanto em livros quanto na internet e até mesmo nas ruas, por meio da arte urbana.
Podemos ver que o Modernismo mudou nossa visão sobre a arte em pouco tempo.
Em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, o Grupo dos Cinco, composto por Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Mario de Andrade e Menotti Del Picchia, liderou um movimento para que a arte brasileira tivesse o reconhecimento que merece.
Por muitos séculos o Brasil foi escravo das artes Européias, tanto é que o Teatro Municipal e grande parte da arquitetura de São Paulo no Centro Velho foi construído com referências do Continente Europeu. Apenas pessoas ricas poderiam adentrar aos portões do Teatro Municipal. Logo, a arte era escassa para a população pobre.
A ideia era que nossas brasilidades fossem reconhecidas nesta época, afinal, temos até hoje uma infinidade de artistas brasileiros que merecem tanto reconhecimento quanto os artistas de fora do país!
Com o tempo, após a Ditadura, o povo foi afrouxando suas rigorosidades e a tatuagem também está começando a ser aceita na sociedade, após 30 anos do fim da repressão.
Visto que arte é a representação de sentimentos, tanto do artista quanto do receptor da arte, podemos dizer que arte é aquilo tudo o que amamos? Se sim, um tatuador que estuda, se dedica e cria algo de acordo com seus sonhos e objetivos, podemos, sim, chamar de arte! E, por mais que um tatuador somente pense em dinheiro e realize uma cópia (temos também um texto sobre Direitos Autorais aqui), para o cliente, aquele desenho representará algo de suma importância na sua vida. Por mais que para o tatuador, não seja mais do que a prática do capitalismo naquele momento, para o cliente, aquele desenho representa muita coisa. Logo, também pode ser chamado de arte!
Deixo, aqui, duas artes de duas artistas plásticas da Semana da Arte Moderna para que reflitamos sobre o que cada uma quis passar nestas telas e percebamos que, naquele momento, para elas, algum sentimento foi posto nas imagens.
Abaporu, por Tarsila do Amaral
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