Qual a primeira coisa que surge na sua cabeça quando o assunto são os livros de poesia?
Por acaso você pensa em algo chato, cansativo, com rimas e tudo mais? Pensou errado! As poesias atuais estão muito mais próximas da nossa realidade: os novos poetas encontraram nas palavras uma forma de se expressar e falar sobre suas realidades e vivências.
A poesia está com uma nova roupagem: desde os Slams, criado na periferia dos Estados Unidos ainda na década de 80 e que ganhou força no Brasil nos últimos anos, que é uma espécie de batalha de poesia falada por poetas, também, periféricos, até poetas e poetisas que divulgam seus poemas pelo Instagram, ganhando espaço entre os mais jovens.
“Nas mãos dos jovens, as palavras se reinventam e tomam novo formato, geralmente objetivo e direto, para caber nas redes sociais. A métrica certinha e bem-contada também morreu para dar vida a uma que flui com velocidade e pausa, parecida com um fluxo de pensamentos.”
Como não pensar no fenômeno que é a artista indiana, radicada no Canadá, Rapi Kaur?!
“Rapi talvez seja a mais famosa “instapoeta”, virou autora de best-seller com seu livro de estreia. Uma compilação de poemas ocupa as páginas, seguindo o mesmo padrão dos escritos vistos no Instagram da artista, com linhas breves, reflexões e algumas metáforas.”
Seguindo o caminho aberto por Rapi, “instapoetas” brasileiros também deixaram o meio virtual e migraram para os livros de poesia. E esses livros de poesia estão, hoje, entre os mais vendidos do país.
E nós, que adoramos uma poesia, listamos para você alguns desses livros.
Livros de poesia para aquecer o coração!
<3
O que você tem lido? Conta pra gente!
1 – Querem nos calar: Poemas para serem lidos em voz alta
“A antologia ‘Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta’ reúne poesias de 15 mulheres slammers de todas as regiões do Brasil. Os chamados poetry slams chegaram ao Brasil pelas mãos de Roberta Estrela D’Alva, em 2008, e são batalhas de poesia falada com temática livre que tem como destaque temas como racismo, machismo e desigualdade social. Com prefácio de Conceição Evaristo, o livro conta também com ilustrações de Lela Brandão e é organizado pela escritora Mel Duarte, autora de uma das performances de maior destaque da FLIP 2016 e integrante do Slam das Minas – SP.
“As nossas falas de mulheres e notadamente a das mulheres negras podem ser agregadas como refrão às vozes desta antologia. Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta, é uma escrita em confronto ao silenciamento que buscam impingir sobre nós.” Conceição Evaristo.”
2 – Flores de Alvenaria
“Como poeta e morador da periferia, Sérgio Vaz sabe, como ninguém, transmitir a alma das ruas. Em ‘Flores de Alvenaria’ o autor nos lança nas calçadas do subúrbio e descortina um universo muitas vezes invisível por meio de textos, ora em verso, ora em prosa, sobre os mais variados temas: educação, negritude, liberdade, sexo, empatia. Com apresentação do cantor e compositor Chico César, a obra traz diálogos, relembra a situação da periferia em outras épocas e conta com poemas que costumam ser declamados na Cooperifa, evento criado pelo poeta que transformou um bar de Taboão da Serra em um evento cultural.”
3 – Tudo nela brilha e queima
Escrita de tirar o fôlego e mexer com o que temos de mais íntimo. Meu preferido, confesso.
“Livro de estreia de Ryane Leão, mulher negra, poeta e professora, criadora do projeto onde jazz meu coração, com mais de 150 mil seguidores nas redes.
‘A poesia é minha chance de ser eu mesma diante de um mundo que tanto me silencia. é minha vez de ser crua. minha arma de combate. nossa voz ecoada. nossa dor transformada. nela eu falo sobre amor, desapego, rotina, as cidades que nos atravessam, os socos no estômago que a vida dá, o coração desenfreado, a pulsação que guia as estradas, os recomeços, os dias, as noites, as madrugadas, os fins, os jeitos que a gente dá, as transições, os discos, os tropeços, as partidas, as contrapartidas, os pés firmes que insistem em voar, e tudo isso que é maluco e lindo e nos faz ser quem somos.'”
4 – Jamais peço desculpas por me derramar: Poemas de temporal e mansidão
Segundo livro de Ryane Leão e igualmente impactante.
“Seu primeiro livro, ‘Tudo nela brilha e queima’, já vendeu mais de 40 mil exemplares. “mesmo na correria, eu sigo em busca das sutilezas. não posso deixar as distrações passarem batidas. o peso do mundo não vai tomar conta de minha pele se eu me atentar às brechas, às margens. anteontem eu vi o mar. recebi abraços apertados que me agradeceram pelos poemas que escrevo com o coração na ponta dos dedos. hoje de manhã as folhas das árvores balançaram com o vento e o barulho foi tão bonito. daqui a pouco começo a cozinhar porque vou receber em casa as pessoas que amo. quero saber de cor o que me traz paz, embora não sejam permanentes as belezas. o caos também não é. e eu estou mudando a cada minuto, então tudo bem. há algo que resiste por entre os escudos, que me relembra que existe uma coisa essencial em ser uma mulher que se reconstrói diariamente: eu sou profunda demais pra acabar.” – Ryane Leão.”
5 – Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente – Onde dorme o amor
Sabe os poemas que parecem a casa da gente de tão aconchegante?
“O segundo livro do coletivo literário TCD mantém toda a poesia e sensibilidade que encantou milhares de leitores. Nesta coletânea de textos inéditos, os autores exploram o amor, o perdão e a cura em seus diversos aspectos, do modo poético e sensível que já lhes é característico. Prezando sempre pela pluralidade, Onde dorme o amor é um manifesto em prol do amor próprio e da aceitação, e esmiúça as nuances, delicadezas e vulnerabilidades que perpassam os relacionamentos humanos. Com as notáveis ilustrações de Júlio Almeida, este livro abraça todas as complexidades de ser, desconstruindo conceitos e lugares-comuns.”
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